A Operação Carbono Oculto do Ministério Público de São Paulo trouxe à tona o problema da adulteração de combustíveis. Para ajudar o consumidor, especialistas em química e mecânica automotiva listam os sinais mais comuns de que o combustível de um veículo pode estar fora dos padrões.
Segundo o analista técnico automotivo Victor Araujo Pedrão, os principais sintomas que o carro apresenta são falhas de funcionamento, como:
- Motor engasgando ou com marcha lenta irregular.
- Dificuldade para dar partida.
- Redução de potência.
- Aumento expressivo no consumo de combustível.
- Emissão de fumaça excessiva.
- Luz de injeção acesa no painel.
O professor e mestre em química Jhonatan Alves explica que uma das adulterações mais comuns é o aumento do teor de etanol na gasolina, barateando o produto. Ele também menciona o uso de nafta, um derivado de petróleo mais barato, que pode danificar o motor.
Como se prevenir e o que fazer em caso de suspeita
O Instituto Combustível Legal (ICL) e o Sindicombustíveis-PE oferecem dicas de como se proteger. O primeiro passo é desconfiar de preços muito abaixo da média do mercado. Além disso, o ICL recomenda:
- Abastecer em postos de marcas conhecidas e com boa reputação.
- Sempre pedir e guardar a nota fiscal.
- Ter cautela com aplicativos de busca de preço que não avaliam a qualidade.
O presidente do Sindicombustíveis-PE, Alfredo Ramos, reforça que o consumidor tem o direito de solicitar testes de qualidade no próprio posto caso suspeite de alguma irregularidade. O local é obrigado a realizar o teste de imediato. Caso neguem, a recusa pode ser denunciada.
Em caso de confirmação de combustível adulterado, Victor Araujo Pedrão sugere que o tanque seja esvaziado e o sistema de combustível drenado o mais rápido possível para minimizar os danos. Peças como bicos injetores e filtros podem precisar de substituição.