A segunda edição da Bienal das Amazônias foi aberta ao público nesta quarta-feira (27) em Belém. A mostra, que tem entrada gratuita, exibe obras de 74 artistas e coletivos de oito países da Pan-Amazônia e do Caribe. Com o conceito curatorial “Verde-Distância”, a exposição busca mostrar a conexão entre os territórios e as pessoas, reforçando a ideia de que a arte pode unir culturas e comunidades.
As obras estão em um espaço de oito mil metros quadrados no Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), localizado no centro histórico de Belém. A presidente do Instituto Bienal das Amazônias, Lívia Condurú, destacou a importância do trabalho coletivo para transformar o local, que antes era uma antiga loja de departamento, em um centro cultural que promove a arte e o diálogo sobre os desafios do Sul Global.
Homenagem e integração internacional
Esta edição da Bienal homenageia o artista acreano Roberto Evangelista (1947-2019), pioneiro da arte conceitual na Amazônia. Sâmara Farias Evangelista, filha do artista, afirmou que a homenagem é um reconhecimento de um trabalho que estava à frente do seu tempo e que unia arte, meio ambiente e espiritualidade. A Bienal também integra a Temporada Brasil-França 2025, com a participação de artistas de ilhas caribenhas e da Guiana Francesa, como Jean-François Boclé.
A equipe curatorial, liderada por Manuela Moscoso, Sara Garzón, Jean da Silva e Mónica Amieva, selecionou as obras com base na escuta das vozes que compõem o território amazônico. As obras podem ser visitadas no CCBA até 30 de novembro, de acordo com o horário de funcionamento.