Com o tema “A resposta somos nós”, o Movimento Juventude Indígena de Rondônia reuniu jovens de 30 povos indígenas daqui, Mato Grosso e do Sul do Amazonas para uma palestra imersiva, faltando três meses para a realização da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a COP30, que acontecerá este ano em Belém, no Pará, na Amazônia brasileira.
O IV Encontro do Movimento Indígena de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas teve início na terça-feira, 19/8, com palestras e diversas atividades culturais, na Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. Este ano, o tema envolveu a saúde mental dos indígenas e a proteção territorial. Dentro das temáticas abordadas, também se discutiu “o que levar como proposta para a COP 30, explicou a ativista e indigenista, Neide Cardoso.
No encerramento, na sexta-feira, os indígenas visitaram as instalações do Ministério Público Federal (MPF) e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). Com os representantes de cada instituição, a Juventude conclamou por medidas de combate aos crimes ambientais, inclusive a retirada de invasores das territórios. O ponto central da reivindicação foi pela demarcação de suas terras.
No MPF, uma carta destacou a violência contra mulheres e indígenas, alertando que essa violência não é cultural. A coordenação da Juventude solicitou que a DSEI/SESAI, ao tomar conhecimento formal ou informal de um caso, tome providências urgentemente para punir o agressor e providenciar acompanhamento psicológico para a família e a vítima, dando andamento à investigação.
O IV Encontro da Juventude Indígena de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas encerrou com os cantos e danças dos povos Karo (Arara) e Ikolen (Gavião), “enchendo a todos de espiritualidade e boas energias”, finaliza Neide Cardozo.
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