Levar inovação e fortalecimento do cooperativismo até as regiões mais remotas da Amazônia Legal é o objetivo do ALI COOP, programa do Sebrae em parceria com instituições estaduais. A iniciativa atende agricultores familiares, povos da floresta, ribeirinhos, indígenas e comunidades tradicionais, estimulando a gestão, a produção e o acesso a mercados das cooperativas extrativistas.
O projeto nasceu de um acordo de cooperação técnica entre o Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com foco em quatro cadeias da sociobiodiversidade: babaçu, castanha-do-Brasil, açaí e cupuaçu.
Na fase piloto, o programa recebeu 171 inscrições distribuídas entre Maranhão, Rondônia e Pará, com média de 17 candidatos por vaga, o que demonstrou a relevância e a demanda da proposta.
Em Rondônia, a adesão expressiva evidenciou o potencial das cooperativas extrativistas, especialmente na produção de castanha-do-Brasil e cupuaçu. O estado ultrapassou a marca de 50 inscrições, consolidando-se como um dos pilares da iniciativa ao unir inovação e conhecimento tradicional das comunidades locais.
Cada cooperativa selecionada terá acompanhamento por 12 meses de Agentes Locais de Inovação (ALIs), que atuarão junto aos cooperados. O trabalho inclui diagnóstico participativo, identificação de gargalos e desenvolvimento de soluções adaptadas à realidade de cada comunidade.
Ao integrar Rondônia ao esforço coletivo da Amazônia Legal, o ALI COOP promove não apenas a sustentabilidade econômica, mas também fortalece o protagonismo das comunidades tradicionais como agentes de inovação. A expectativa é de que os resultados sirvam de modelo para expansão em outros territórios do país.