Medo e insegurança são sentimentos constantes na vida dos moradores da Rua Rio Grande do Sul, no bairro Conceição, zona Sul de Porto Velho. Preocupados com o aumento do número de assaltos, que incluem desde furtos de celulares até roubos à mão armada, eles voltam a denunciar o problema e pedir policiamento constante na região, especialmente nos horários de pico, quando muitos estão indo ou voltando do trabalho.
Somente este ano, diversos casos de assaltos já foram reportados. Na sua totalidade, as vítimas eram pessoas que iam para o trabalho ou retornavam para suas casas. “Estamos vivendo com medo”, relata o estudante, morador da rua há 30 anos. “Não podemos sair de casa tranquilos, e isso está acabando com a nossa qualidade de vida.”
Em maio de 2024, uma das vítimas inclusive teve a moto tomada à força pelos criminosos. Na garupa, a mulher levava a filha e a filha de um policial militar, ambas recém-saídas da escola. Os moradores afirmam já ter feito diversas denúncias à polícia, mas o policiamento ostensivo ainda não foi reforçado na região. “É complicado, pois já reportamos essa situação. Já comunicamos aos vereadores na Câmara Municipal de Porto Velho, mas, até o momento, estamos vivendo sob a cortina da insegurança em uma rua que até então era tida como tranquila”, denuncia a moradora Sebastiana.
Terça-feira (19/8), 20 horas. Após um dia cansativo de trabalho, o morador, que prefere não se identificar, acredita que os homens que o encontrou logo no início da Rua Rio Grande do Sul, na esquina com a Geraldo Siqueira, seriam assaltantes rondando a região. “Tinha acabado de passar por um bar que fica na esquina. Vi, de longe, uma mulher que estava na calçada. Na rua, vinham dois homens: um em uma moto e outro em uma bicicleta. Ambos conversavam. Passaram pela mulher e eu ouvi um deles cumprimentando ela. Ao passar por mim, o cara da moto me olhou fixamente. Eu pressenti que eram assaltantes. Eles passaram direto, mas o pressentimento denuncia que eram, sim, bandidos.”
Para os moradores, o isolamento da Rua Rio Grande do Sul tem chamado a atenção dos criminosos que não esperam mais os horários de pico; eles simplesmente rondam em busca de presas. Por conta disso, os próprios moradores descrevem o problema como de segurança pública e pedem do Batalhão próximo a presença constante de policiamento, principalmente entre 18h e 22h, e comunicam a todos que mantenham atenção redobrada e se unam para denunciar qualquer atividade suspeita às autoridades. A união dos moradores é essencial para garantir a segurança de todos. “Pedimos ao município, pedimos ao governo, à Polícia Militar, que olhem para esta parte da capital. Não percebemos policiamento ostensivo, e isso faz toda a diferença na vida de uma cidade. Falta a presença da polícia que faz ronda, e precisamos disso. Hoje, os bandidos estão se sentindo à vontade. Talvez seja esse o cenário que vem tornando a rua um berço para a criminalidade”, finaliza o morador que prefere manter-se no anonimato.