A professora do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) Rosana R., de 43 anos, foi punida com 35 dias de suspensão e perdeu parte de sua remuneração por quebra do regime de dedicação exclusiva. A decisão foi tomada após a docente declarar publicamente que ganhava mais com a produção de vídeos de conteúdo adulto em plataformas digitais do que em sala de aula.
Segundo a instituição, a professora foi considerada “desleal” por depreciar a imagem do Ifes, já que a declaração teve grande repercussão na mídia, afetando a credibilidade da instituição. O processo administrativo disciplinar (PAD) apontou que a servidora expôs a autarquia a uma situação de menosprezo, prejudicando sua imagem perante a sociedade e os alunos. Além da suspensão, ela foi punida administrativamente, o que resultou na perda da gratificação por dedicação exclusiva.
Em sua defesa, Rosana argumentou que a divulgação dos ganhos foi uma constatação verídica de sua vida privada, sem a intenção de prejudicar a instituição. Ela alegou que a atividade em plataformas digitais se enquadra nas exceções legais para quem tem dedicação exclusiva, como a cessão de direitos autorais. A professora, que começou a produzir conteúdo adulto em 2022, afirmou conseguir até R$ 20 mil por mês com as produções.
O reitor do Ifes, Jadir José Pela, decidiu converter a suspensão em multa, para não prejudicar as atividades letivas, permitindo que a professora continue em sala de aula. A multa, no valor de 50% do salário referente aos 35 dias de pena, foi recusada pela professora, que preferiu cumprir a suspensão. A instituição informou que os ajustes para a oferta das aulas serão feitos pela coordenação do campus nos próximos dias.