O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro e um dos réus da trama golpista, continue preso. A decisão, anunciada nesta terça-feira, mantém a custódia de Câmara, que está nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército em Brasília, por ser coronel.
A prisão foi decretada em junho, após o ministro constatar que Câmara violou uma medida cautelar que o proibia de usar redes sociais. A violação ocorreu quando seu advogado, Eduardo Kuntz, foi procurado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, via redes sociais. Segundo Moraes, a interação do advogado com Cid foi uma tentativa de obstruir a investigação.
Obstrução de investigação e a decisão de Moraes
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes destacou que não houve mudanças na situação processual do ex-assessor que justificassem sua soltura. Ele reiterou que a tentativa de obter informações sigilosas do acordo de delação premiada de Mauro Cid demonstra o “perigo gerado pelo estado de liberdade do réu Marcelo Costa Câmara”.
O ministro também ordenou a abertura de um inquérito para investigar a tentativa de obstrução da Justiça por parte do advogado de Câmara.