A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição da denúncia da trama golpista. A manifestação foi protocolada nesta quarta-feira (13) e faz parte das alegações finais do processo, que tem o ministro Alexandre de Moraes como relator. Torres é um dos réus do núcleo principal da tentativa de golpe de Estado ocorrida no governo de Jair Bolsonaro.
A “Minuta do Golpe”
Um dos principais pontos da defesa é o documento conhecido como “minuta do golpe”, encontrado na residência de Torres durante uma busca da Polícia Federal. Os advogados do ex-ministro alegam que o documento é apócrifo e não possui qualquer valor jurídico. Eles argumentam que a presença do texto na casa de Torres se deu por “mero esquecimento material” e que ele não tinha a intenção de usá-lo. O texto, segundo a defesa, “afrontava os pressupostos constitucionais” e “jamais poderia ser levado a sério por qualquer jurista”.
Prazo final e próximos passos
A entrega das alegações finais de Anderson Torres, assim como a de outros réus, como Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, ocorreu no prazo final, que se encerrava às 23h59 desta quarta-feira. Essa etapa representa a última manifestação da defesa antes que o processo seja levado a julgamento pelo STF, que irá decidir sobre a condenação ou absolvição dos acusados. O delator Mauro Cid, por sua vez, já havia entregue suas alegações no mês passado.