O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (13) que o país não deve se desesperar com o aumento de 50% nas tarifas sobre exportações brasileiras, imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma live com dirigentes das centrais sindicais, o ministro destacou que, nos últimos dois anos e meio, o Brasil abriu 387 novos mercados, o que diminuiu a dependência em relação aos EUA.
“Nós queremos continuar sendo um mercado forte, mas queremos continuar diminuindo essa dependência”, disse o ministro. Ele ressaltou que, atualmente, os EUA são responsáveis por 12% das exportações do Brasil, contra 25% em 2023.
Redução da dependência e novas medidas
Luiz Marinho acredita que a medida de Trump pode acelerar a consolidação dos Brics e a diminuição da dependência global do dólar. Ele mencionou que o governo estuda medidas para proteger os empregos, como estimular o mercado interno com compras governamentais, que podem ser direcionadas a escolas e hospitais. O ministro também falou sobre a melhor estruturação de ferramentas de crédito para dar suporte às empresas.
Ele alertou os sindicatos a serem vigilantes durante as negociações para evitar que empresas oportunistas usem a crise como pretexto para não conceder reajustes salariais justos. “O sindicato deve ter o domínio do mercado externo, de cada empresa e do empregador é fundamental nessa hora da negociação”, disse Marinho.
Resposta das centrais sindicais e a negociação
Os dirigentes sindicais que participaram da live também comentaram o cenário. Sergio Nobre, presidente da CUT, considerou as sanções um “ataque muito forte à soberania do nosso país”, mas elogiou a serenidade e a firmeza do presidente Lula na resposta. “Nós não somos um país qualquer. Somos uma nação grande e temos que tratar isso de cabeça erguida”, disse Nobre.
Ricardo Patah, presidente da UGT, classificou a questão como política, mas com consequências econômicas preocupantes. Ele lembrou que o papel das centrais sindicais é fundamental para fazer acordos e manter as empresas de pé, como aconteceu durante a pandemia. Patah também expressou preocupação com a diminuição da ma