O apresentador Fausto Silva, 75, foi submetido a um transplante de fígado e um retransplante renal na quarta-feira, 7 de agosto. Esta é a quarta vez que Faustão passa por transplantes em dois anos, o que levantou dúvidas sobre como funciona a fila de espera do SUS. Desde 2023, o apresentador já havia recebido um novo coração e um rim. Desta vez, os órgãos vieram de um único doador.
A fila de transplantes do SUS é única para pacientes da rede pública e privada. Ela funciona com base em critérios técnicos, não na ordem de chegada. Entre os principais fatores de prioridade estão a compatibilidade sanguínea e genética, o porte físico e a gravidade da doença. Pacientes em estado crítico têm prioridade, por exemplo, aqueles com insuficiência hepática aguda grave. Quando os critérios são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro é o critério de desempate.
O Brasil possui o segundo maior programa público de transplantes do mundo, com 85% dos procedimentos realizados pelo SUS. Em 2024, o país superou 30 mil transplantes de órgãos e tecidos. Apesar do volume, o número de pessoas na fila de espera continua alto, ultrapassando 46,7 mil pessoas no início de agosto de 2025. O rim é o órgão com a maior demanda.