A presidência da COP30 está monitorando como os países tratam os direitos indígenas e das mulheres em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). A informação foi divulgada por Ana Toni, diretora executiva da COP30, em uma reunião na Câmara dos Deputados em 5 de agosto de 2025. O evento terá como foco as populações que mais sofrem com as mudanças climáticas, mas que também são protagonistas na busca por soluções.
O debate, que teve como tema “COP 30: um compromisso com as vidas que sustentam os biomas”, contou com a participação das ministras Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Márcia Lopes, das Mulheres. O encontro teve como objetivo fortalecer a atuação conjunta de comissões legislativas para construir uma agenda de justiça climática.
Protagonismo das populações mais afetadas
Ana Toni ressaltou que a COP30 será uma “conferência das pessoas”, dando ênfase às populações mais vulneráveis, como mulheres e povos indígenas. A ideia é mostrar essas comunidades não apenas como vítimas, mas como lideranças que podem ensinar como resolver os problemas das mudanças climáticas.
A ministra Sônia Guajajara destacou a importância de o financiamento climático chegar diretamente às organizações indígenas, o que possibilitaria a proteção ambiental pelos próprios povos. Já a ministra Márcia Lopes anunciou que a pasta das Mulheres trabalha na criação de um protocolo para proteger mulheres em emergências climáticas, além de preparar uma programação especial para a COP30 para consolidar a participação feminina no debate.