No final de julho de 2025, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o Tribunal de Contas da União (TCU) havia confirmado a legalidade do projeto da Ponte Binacional Guajará-Guayará em Rondônia. Na prática, isso significa que o órgão permitiu as etapas da execução da obra, integrada ao Novo Plano de Aceleração do Crescimento (Novo-PAC).
De grande magnitude, o empreendimento será construído no Rio Mamoré, na divisa de Rondônia e Beni, ele ficará na junção das cidades de Guajará-Mirim e Guayaramerín. Considerado um marco e o último acordo entre o Brasil e a Bolívia, firmado durante a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, onde o governo brasileiro se comprometeu, entre outras obrigações, a construir uma ponte ligando a Bolívia ao Brasil, consolidando a anexação do Acre ao território brasileiro 122 anos depois.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o projeto terá estrutura mista e utilizará um tipo de armação chamada estaiada, com cabos tensionados. Essa tecnologia garante a transferência da sobrecarga para as torres, permitindo vencer grandes vãos de maneira equilibrada e eficiente. A técnica de estaiamento oferece segurança e durabilidade, além de dar à obra um design elegante.
Outro anúncio importante é o recurso de mais de R$ 350 milhões, alocado pelo governo do presidente Lula (PT). O superintendente regional do DNIT em Rondônia, André Santos, explicou em sua página oficial no Instagram que a obra é apontada como estratégica e vai fortalecer as conexões rodoviárias e econômicas entre Brasil e Bolívia, promovendo o desenvolvimento sustentável na região de fronteira.

Ainda segundo o titular da pasta, o empreendimento funcionará como uma ponte, unindo dois povos e terá um impacto significativo na economia local. “A área de influência abrange Rondônia e regiões do norte da Bolívia, beneficiando diretamente milhares de pessoas com mais mobilidade e desenvolvimento logístico”, disse Santos.
O projeto de engenharia da binacional inclui faixa de rolamento para veículos, acostamentos e calçada para pedestres, acessos, áreas de fiscalização aduaneira e serviços de apoio à travessia. A ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula, Simone Tebet, voltou a falar do empreendimento e acrescentou que a ponte em Rondônia, ligando Brasil e Bolívia, faz parte da chamada ‘Rota de Integração Sul-Americana’, um grande projeto de modernização do país.