Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, em 1° de agosto de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou de sua equipe e do Banco Central a apresentação de um plano para o crédito imobiliário. A demanda visa contornar o problema dos saques na caderneta de poupança, principal fonte de recursos para financiamento habitacional no país. O objetivo é expandir o programa Minha Casa, Minha Vida para a classe média, com renda de até R$ 12 mil.
A Cobrança do Presidente Lula
Lula destacou que, em uma reunião de junho, pediu 30 dias para que uma proposta de financiamento fosse elaborada. O presidente cobrou publicamente os ministros Jader Filho (Cidades), Rui Costa (Casa Civil), e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, além dos gestores da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira e Inês Magalhães, pela demora na apresentação da solução.
O presidente reforçou que a iniciativa é fundamental para atender à classe média. A caderneta de poupança, apesar de ter tido resultados positivos em junho, acumula um resgate líquido de R$ 49,6 bilhões em 2025. Esse cenário de retirada de fundos tem impacto direto na disponibilidade de crédito imobiliário.
Solução Proposta e Novas Entregas
O ministro das Cidades, Jader Filho, sugeriu a liberação de depósitos compulsórios da poupança para abastecer o crédito imobiliário. A proposta é que o Banco Central reduza o percentual obrigatório recolhido dos bancos. Segundo o ministro, 80% desses novos recursos deveriam ser direcionados exclusivamente para habitação, com um teto na taxa de juros.
No mesmo evento, Lula participou da entrega de 1.876 residências do programa Minha Casa, Minha Vida em seis cidades das regiões Norte e Nordeste. Foram beneficiados moradores de Pojuca e Paulo Afonso (BA), Horizonte (CE), Açailândia (MA), Teresina (PI) e Chapada de Areia (TO). As unidades entregues no Ceará já seguem os novos padrões do programa, com melhores condições e equipamentos públicos.