Diante da preocupação com o aumento dos preços de hotéis, os governos federal e do estado do Pará, em conjunto com o escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Clima, estão discutindo alternativas para as hospedagens na COP30. Delegações de diversos países manifestaram-se preocupadas com os valores, que podem dificultar a participação de nações mais pobres e até mesmo reduzir a presença de países mais ricos.
Soluções e Expansão da Oferta
A Secretaria Extraordinária da COP30 informou que uma reunião está marcada para 11 de agosto com representantes da ONU para tratar de questões como acomodação, transporte, segurança e alimentação. A meta é expandir a oferta de 18 mil leitos de hotel em Belém para atender às 45 mil pessoas esperadas para a conferência.
Para isso, dois navios de cruzeiro serão usados como hotéis, adicionando cerca de 6 mil leitos. Além disso, a capital paraense ganhará três novos hotéis de alto padrão, e estão em curso negociações com plataformas como Airbnb e Booking para cadastrar imóveis e ampliar as opções de acomodação para a COP30.
Tarifas e Preocupações Internacionais
Atualmente, há 2,5 mil quartos com tarifas fixadas entre US$ 100 e US$ 600, priorizando delegações de Países Menos Desenvolvidos e Pequenos Estados Insulares. A ajuda de custo diária oferecida pela ONU a nações mais pobres é de US$ 149, enquanto as cotações atuais em Belém chegam a US$ 700 por pessoa/noite.
O presidente do Grupo Africano de Negociadores, Richard Muyungi, expressou preocupação de que os preços logísticos possam forçar os países a reduzir suas delegações, algo que eles não estão dispostos a fazer. Ele cobrou do Brasil “melhores respostas” e soluções eficientes para garantir uma conferência inclusiva.