O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Rondônia anunciou a realização de serviços de dragagem no rio Madeira, especificamente no trecho da BR-230, em Humaitá, Amazonas. A ação, autorizada pelo Governo Lula através do Ministério dos Transportes (MT), removerá um total de 1,7 milhão de metros cúbicos de sedimentos do rio, visando melhorar significativamente a navegação de grandes comboios e garantir a segurança do transporte aquaviário.
Em uma publicação em sua rede social, o superintendente regional do DNIT em Rondônia, André Lima dos Santos, destacou a importância dos trabalhos. “O DNIT segue firme com os trabalhos na travessia de Humaitá (AM). A dragagem está em andamento e é essencial para manter a operação segura das balsas e garantir o transporte dos materiais necessários para as obras emergenciais na rodovia”, afirmou Santos.
Segundo o superintendente, a primeira fase dos trabalhos consiste na retirada de cerca de 200 mil m³ de sedimentos, o que contribuirá para “melhorar a navegabilidade, pois o trecho foi prejudicado durante as enchentes”. O processo de dragagem, que acompanha as normas ambientais estabelecidas, ocorre de maneira quase contínua devido ao assoreamento do rio Madeira, considerado o maior rio de Rondônia.
A redução do volume das águas do rio Madeira durante o período de seca (junho, julho e agosto) torna a navegação de grandes comboios um processo dificultoso e arriscado devido ao acúmulo natural de sedimentos. No entanto, ações de garimpo na parte superior do rio também contribuem para o que pode ser apontado como um dano ambiental, agravando o problema do assoreamento.
O DNIT informou ainda que, entre os meses de agosto e outubro, os trabalhos avançarão por outras partes do rio Madeira. Nesta fase, a dragagem implicará na remoção de 1,5 milhão de metros cúbicos adicionais de sedimentos. André Lima dos Santos concluiu que os trabalhos de dragagem no afluente do rio Amazonas são essenciais para a navegação e o escoamento da produção de Rondônia e do Centro-Oeste, que utilizam a hidrovia do Madeira como principal acesso aos portos com destino ao Oceano Atlântico.