No domingo, a quadra da APAE de Ji-Paraná foi palco de um momento histórico para a cultura amazônica: o Festival Literário JIPALÊ recebeu cerca de 250 participantes em uma celebração vibrante da literatura, da leitura e de seus escritores.
Com o tema “A Literatura Cura”, o evento contou com rodadas de palestras emocionantes, uma feira de livros diversificada com 48 escritores independentes, tarde de autógrafos coletiva, contações de histórias, exposições literárias, varal de poesias, apresentação de dança indígena , troca e doação de livros, além do lançamento da aguardada antologia Brava Gente Brasileira em Terras Amazônicas, que reúne 55 coautores da região norte .
O público prestigiou autores locais e convidados de várias partes do país, encantando-se com as histórias de vida e superação de palestrantes como Mateus Lima, Dra. Maria de Fátima Lima, Luciana Simon de Paula Leite, Ângela Bretas e Fernando Von Noble, que trouxeram reflexões potentes sobre o papel transformador da escrita.
A idealizadora e coordenadora do festival, a escritora e produtora cultural Ângela Bretas, celebrou o sucesso da primeira edição e reforçou o compromisso do evento com a democratização do acesso à leitura e a valorização das vozes amazônicas — tudo isso realizado sem apoio governamental local ou estadual, com o esforço coletivo de voluntários, autores e parceiros culturais.
O livro lançado durante o festival, Brava Gente Brasileira em Terras Amazônicas, foi contemplado com recursos da Lei Paulo Gustavo, verba do governo federal através do Ministério da Cultura, o que viabilizou sua produção.
Todos os autores receberam gratuitamente seu exemplar .
O ponto alto foi a presença de uma caravana de 15 mulheres escritoras , coordenada pela presidente da AJEB RO, Izabel Cristina , que vieram da capital e do interior especialmente para o evento; bem como a presença internacional da presidente da ACIMA Italia, Mariana Brasil, que veio do exterior para participar do JIPALÊ.
Uma das contrapartidas foi a arrecadação de inúmeros livros infantis para s biblioteca comunitária que será fundada na APAE.
Com a energia da estreia e a força da coletividade, o JIPALÊ já deixa saudades — e promessas de novas edições ainda mais inspiradoras.