A Mostra Cinema, Mineração e Meio Ambiente, que teve início nesta quinta-feira, 24 de julho de 2025, em São Paulo, exibe documentários e obras ficcionais que questionam o custo humano e ecológico da extração mineral no Brasil. O evento acontece no cinema Reserva Cultural, localizado na Avenida Paulista, 900, no bairro da Bela Vista, e segue até domingo, 27 de julho.
Esta é a terceira edição da iniciativa, promovida pelo Instituto Camila e Luiz Taliberti. A entidade foi criada em memória das vítimas do rompimento da barragem no Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, ocorrido em janeiro de 2019.
“Diferentemente de outras regiões onde a mineração é protagonista na economia e na força de trabalho, São Paulo não vive o minério. Há seis anos, quando criamos o Instituto Taliberti, tomamos a decisão de ele ser na capital paulista exatamente para ampliar os horizontes desse debate, e a Mostra de Cinema tem sido fonte importante para reconhecer seus impactos”, afirma Helena Taliberti, presidente da entidade.
Filmes em Destaque e Estreias
A programação da mostra inclui a exibição de O Silêncio das Ostras, filme que estreou em junho nos cinemas e tem recebido aclamação da crítica.
Outros filmes presentes na mostra são:
O Monstro de Ferro Contra o Sul da Bahia (2025)
O Maior Trem do Mundo (2019)
Mar de Lama (2023)
Ao Fundo (2023)
Memorial Vivo (2023)
O evento também marca a estreia de duas produções: Suçuarana, filmado em 2024, e O Monstro de Ferro.
Debates e Sensibilização
Todas as sessões da mostra começam às 20h e contam com bate-papos com convidados e discussões abertas ao público. Segundo Helena Taliberti, o objetivo é proporcionar uma imersão que vá além da projeção dos filmes, permitindo que o público conheça a motivação das histórias, os bastidores e as temáticas envolvidas nas obras.
“Essa mostra nasceu do desejo de dar visibilidade às histórias de pessoas e lugares ceifados pela mineração, que permanecem ignoradas ano após ano. O cinema é uma ferramenta poderosa de sensibilização. Nossa provocação é pela urgência de alternativas humanas e sustentáveis para a mineração que se pratica hoje”, acrescentou Helena Taliberti.