Indígenas suruís de Rondônia se prepararam para uma exposição histórica, inédita e de grande relevância. Pela primeira vez, o povo indígena de Rondônia se une para expor sua cultura em um importante circuito cultural do país.
“Txai, eu e vários outros Suruí estamos montando uma exposição nossa”, revela a indigenista e ativista Neide Cardozo, da Kanindé, com exclusividade ao jornalismo do News Rondônia.
A princípio, a intenção da mostra promovida pelo Coletivo Lakapoy, segundo os organizadores, é apresentar parte da história de uma das mais antigas civilizações da Amazônia. Para que isso aconteça de uma maneira que as pessoas possam captar a mensagem, a exposição apresentará imagens desde o primeiro contato dos indígenas com os não indígenas, por volta de 1970, até os dias atuais.
De acordo com a publicação feita na página do IMS, no Instagram, o acervo inclui retratos tirados desde a década de 1970, quando as câmeras chegaram ao território pelas mãos de missionários, mas passaram a ser utilizadas pela população local para registrar seu dia a dia.
A exibição revelará uma cronologia inédita e intensa da vida de um dos povos indígenas que, apesar do contato, tem preservado a sua essência, ainda que se adapte à contemporaneidade.
“Além do acervo histórico, a exposição apresenta fotos e vídeos atuais, reforçando o papel da fotografia como importante ferramenta de afirmação dos direitos indígenas”, explica o IMS.
Txai Suruí, do Coletivo Lakapoy, a arquiteta, pesquisadora e curadora Lahayda Mamani Pom, Thyago Nogueira, coordenador da área de Arte Contemporânea do IMS, o fotógrafo Ubiratan Suruí, além da supervisão do grande cacique Almir Suruí, assinam a curadoria da obra, que começa oficialmente no sábado 26, com abertura a partir das 10h. A entrada será gratuita. A partir das 11h, os idealizadores promoverão uma roda de conversa com a participação dos presentes.