O governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), participou da Semana do Clima da Amazônia, realizada de 14 a 18 de julho, em Belém (PA). O evento reuniu estados, setor produtivo e sociedade civil para discutir soluções de governança climática, bioeconomia e investimentos de baixo carbono, reforçando o protagonismo amazônico antes da COP30, que acontecerá em novembro, também em Belém.
O encontro faz parte do circuito global das climate weeks e destaca os desafios e soluções do bioma amazônico, posicionando a região como prioridade na formulação de políticas de mitigação e adaptação climática alinhadas a compromissos internacionais.
Painéis e articulação regional
A delegação de Rondônia participou de três painéis principais:
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Bioeconomias da Amazônia: debateu como escalar uma transição justa e sustentável, fortalecendo cadeias produtivas que geram renda limpa e valorizam os ativos florestais.
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Sistema Jurisdicional de REDD+ no Pará: discutiu o avanço de programas de crédito de carbono com respeito aos direitos dos povos tradicionais.
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Clima, Território e Governança: abordou condições pré-competitivas para viabilizar investimentos sustentáveis em toda a Amazônia Legal.
Para o governador Marcos Rocha, a presença de Rondônia reforça o engajamento na construção de soluções conjuntas para a economia de baixo carbono. “Ao destacar bioeconomia, REDD+ e governança territorial, Rondônia demonstra sua capacidade de articular agendas regionais em sintonia com o Brasil, anfitrião da COP30”, enfatizou.
Protagonismo na voz da floresta
O diretor de Governança Climática da Sedam, Diogo Martins Rosa, destacou que o evento evidencia a importância de soluções originadas na própria floresta. “Colocar Rondônia na linha de frente das decisões globais fortalece nossa voz na COP30”, afirmou.
Já o secretário executivo da Sedam, Hueriqui Charles Lopes Pereira, ressaltou que a Semana do Clima amplia parcerias e instrumentos de governança. “Transformar os desafios da Amazônia em oportunidades concretas de desenvolvimento sustentável passa por ciência, inovação e fortalecimento das comunidades tradicionais”, disse.