O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (16), em Brasília, o decreto que regulamenta o Programa BR do Mar. A iniciativa busca expandir a cabotagem no país, que é a navegação entre portos brasileiros, e, consequentemente, reduzir os custos logísticos.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a expectativa é que a medida proporcione uma redução de 20% a 60% nos custos do setor portuário. O programa, instituído por lei em janeiro de 2022, pretende aumentar o volume de contêineres movimentados de 1,2 milhão para 2 milhões.
Impacto na Logística e Indústria Naval
Silvio Costa Filho destacou que o BR do Mar transformará o litoral brasileiro em uma “grande BR [rodovia]”, otimizando o uso do mar e dos rios para o transporte de cargas. Embora a participação do presidente Lula no evento fosse esperada, a assinatura do decreto ocorreu internamente devido à sua agenda intensa.
O ministro também ressaltou o foco do governo em concessões portuárias, com a previsão de mais de 60 leilões nos próximos quatro anos. Em 2024, o setor portuário brasileiro cresceu quase 5%, com destaque para a expansão de 7% nos portos públicos e um aumento de mais de 18% no setor de contêineres.
Competitividade e Futuras Iniciativas
Costa Filho enfatizou que o programa fortalecerá a indústria naval e a agenda logística do país, beneficiando o setor produtivo. Ele mencionou que, com a consolidação de novos modais como o BR do Mar e o futuro lançamento da “BR dos Rios” no segundo semestre, o Brasil está criando novas rotas de integração que geram competitividade e apoiam os produtores. Atualmente, 65% do transporte no Brasil ainda é feito por rodovias.