O Giro News, apresentado por André Henrico, recebeu Mariana Belandi e Priscila Teobaldi, fundadoras da loja e clube de tiro Pro Hunter, para uma conversa sobre empreendedorismo, o crescimento do tiro esportivo em Porto Velho, legislação, responsabilidade e protagonismo feminino no setor. A empresa, sediada na Avenida Calama, 1533, no bairro São João Bosco, se tornou referência em Rondônia na área de artigos táticos e formação de atiradores.
Como nasceu a Pro Hunter
A amizade entre Mariana e Priscila, iniciada na igreja, deu origem à ideia de empreenderem juntas. Priscila, com mais de 14 anos de experiência no setor, aceitou o desafio. Começaram em uma sala de 4×3 e, em menos de dois anos, já ocupavam um prédio próprio. A Pro Hunter hoje é um grupo que engloba loja, clube de tiro e uma equipe especializada no atendimento ao cliente e na formação de novos atiradores.
Clube de tiro e responsabilidade legal
Mariana enfatizou a importância da disciplina. “Antes do tiro, eu era mais nervosa. Hoje, com o esporte e a responsabilidade de portar uma arma, desenvolvi autocontrole e paciência”, disse. O clube exige exames psicológicos, teste de aptidão e documentação rigorosa, em conformidade com as leis vigentes. “Cumprimos a legislação e ajudamos nossos clientes a fazerem o mesmo”, reforçou.
Mais mulheres no esporte
O protagonismo feminino no tiro esportivo em Porto Velho é visível. A Pro Hunter já formou dezenas de mulheres atiradoras. “Elas chegam com receio e saem apaixonadas pelo esporte”, disse Priscila. Mariana destacou: “A arma nos iguala. Com treinamento, a mulher aprende a se defender com firmeza e técnica.”
A loja promoveu, inclusive, um curso exclusivo para mulheres no Dia Internacional da Mulher, e tem em sua equipe uma instrutora e uma atleta que já conquistou títulos nacionais.
Como começar no tiro esportivo
Para se tornar atirador, o interessado precisa apresentar documentos pessoais, comprovante de renda e endereço. Após avaliação psicológica e teste de aptidão de tiro, o processo é encaminhado para análise junto à Polícia Federal. A Pro Hunter orienta cada etapa e oferece acompanhamento jurídico para garantir legalidade e segurança.
Diferença entre posse e tiro esportivo
Priscila explicou que a posse de arma autoriza o cidadão a manter o armamento em casa, para defesa pessoal. Já o tiro esportivo, com armas registradas no SIGMA (agora também gerenciado pela PF), exige deslocamento entre residência e clube para treino e competição.
Disciplina, foco e técnica
O tiro esportivo não é só apertar o gatilho. É necessário estudar técnicas, treinar empunhadura, respiração, postura e conhecer profundamente o funcionamento de diferentes armas. Mariana destacou que o clube promove cursos e treinamentos regulares, tanto para iniciantes quanto para atiradores experientes.
Atendimento humanizado é diferencial
“A gente não atende só clientes, atendemos pessoas”, disse Mariana. A loja tem ambiente familiar, oferece café, espaço seguro e atendimento acolhedor, mesmo para quem ainda não deseja comprar. “Muitos passam só para tomar um café e conversar. Isso é o que mais nos gratifica.”
Legislação e apoio jurídico
A Pro Hunter acompanha de perto todas as mudanças nas leis relacionadas ao tiro esportivo. Um corpo jurídico analisa os decretos e orienta os clientes sobre os seus deveres. “Ligamos para os clientes e lembramos: está na hora de renovar, treinar, prestar contas. Nosso compromisso é com o cumprimento da lei”, afirmou Mariana.
Quebrando tabus e preconceitos
Para quem ainda associa arma à violência, Priscila foi direta: “A arma é instrumento de defesa e esporte. Mais de 2 milhões de brasileiros são atiradores esportivos. Convidamos você a visitar a Pro Hunter e conhecer esse mundo com responsabilidade.”
Visão de futuro
As empresárias acreditam no crescimento do esporte. “Desde que haja responsabilidade e respeito à lei, o futuro é promissor. Nossa missão é formar atiradores conscientes”, concluiu Mariana.