O entardecer de julho na capital de Rondônia pode ter seus encantos. E tem mesmo! No final da tarde desta segunda-feira (7), o céu, em tons de azul, vermelho e laranja, apresentava no horizonte um fenômeno óptico causado pela difração e refração da luz solar.

Os meteorologistas asseguram que o fenômeno é normal e próprio do período do inverno amazônico. As condições atmosféricas propiciaram a observação de um fenômeno relativamente comum no céu de Porto Velho. Sabe aquelas estradas longas e retilíneas que parecem prolongar-se até o horizonte e que são visíveis em dias de céu muito limpo?
Este fenômeno é conhecido como contrails, ou trilhas de condensação. Sabia que a sua causa, o seu efeito e as suas circunstâncias no céu resultam de uma conjugação de fatores que ocorrem, principalmente, quando as aeronaves cruzam o céu em grandes altitudes?

Pois bem! Este efeito paradisíaco, captado pela equipe de redação do News Rondônia na tarde de segunda-feira (7), é um fenômeno atmosférico. Envolve aviões em altas altitudes, mas exige condições atmosféricas específicas, relacionadas à temperatura e à umidade, como descreve o Instituto MetSul, situado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Na região Norte, o efeito flagrado é mais comum nesta época de inverno, quando o céu fica mais azul e sem a interferência da poluição causada pelas queimadas. A resposta é científica. Segundo a MetSul, para que isso aconteça, é necessário que os motores dos aviões liberem vapor d’água, dióxido de carbono, monóxido de carbono, enxofre e outras partículas. O efeito decorre do momento em que o vapor d’água lançado na atmosfera entra em contato com o ar frio e gelado das altas altitudes. Isso normalmente ocorre acima de 8 mil metros.

Os rastros no céu, na verdade, são cristais de gelo que formam longas linhas brancas na atmosfera superior. A imagem que ilustra esta reportagem mostra a fotografia registrada pela equipe do News Rondônia por volta das 18h15 desta segunda-feira. As condições atmosféricas favorecem o efeito, devido à alta umidade nas camadas atmosféricas superiores, onde os aviões sobrevoam.
Além disso, um céu limpo contribui para o aparecimento do fenômeno, que pode persistir por algum tempo. Para o meteorologista da MetSul, Luiz Fernando Nachtgall, quanto maior a umidade, mais prolongado é o tempo em que os rastros de condensação permanecem no céu. Com informações explicativas da MetSul.