Tem que ter muito débito com os organismos internacionais, muita preocupação em se manter no reinado das ONGs, para aguentar tanta cacetada, tanta crítica, tantas ironias, tantas cobranças, humilhações — e ainda continuar fazendo ouvidos de mercador.
Se Marina Silva se sentiu ofendida com as cobranças sobre seu trabalho em defesa dos interesses estrangeiros — e quase nada em relação ao povo brasileiro, principalmente o que vive na Amazônia — no Senado, imagine quantos sapos teve que engolir em sua passagem pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, nesta semana. Para ela, foi uma espécie de filme de terror.
A primeira “lapada” veio do deputado Evair Melo, do Espírito Santo:
“A senhora tem dificuldades com o agronegócio porque nunca trabalhou, nunca produziu, não sabe o que é prosperidade construída pelo trabalho. Todo mundo sabe, o mundo sabe que a senhora tem um discurso alinhado com essas ONGs internacionais”, afirmou.
E isso foi só o começo! Vários deputados e deputadas passaram a falar com firmeza contra Marina e suas ações no Ministério do Meio Ambiente. Dois parlamentares rondonienses se destacaram nesse contexto.
Cristiane Lopes bateu duro:
“Ministra, me perdoe, mas eu, como mulher da região Norte, de Rondônia, que defende o povo brasileiro, me sinto envergonhada por tê-la como nossa representante. Falo aqui em nome dos moradores do Acre, Rondônia, Pará, Amazonas e Maranhão!”
Lamentou que Marina esteja apenas “falando em cuidar do meio ambiente, quando devia cuidar também das pessoas”. Criticou invasões de propriedades pelo Ibama, remoção de gado e destruição de currais.
“É triste ver pais e mães de família chorando desesperados. Precisamos preservar, mas também precisamos cuidar das pessoas”, concluiu.
E encerrou:
“Ministra, deixe nosso povo trabalhar!”
Lúcio Mosquini também criticou com firmeza e ironia, pedindo soluções. Defendeu que Marina apoie uma saída negociada para os problemas da Amazônia. Disse que a ideia de viver da extração de castanha é ultrapassada:
“Ninguém abraça uma árvore e come essa árvore ou bebe essa árvore.”
Na mesma linha, ironizou:
“A senhora falou que cortava seringa, que andava 15 quilômetros a pé. Mas também não ficou lá cortando seringa… Foi pra São Paulo!”
Mosquini lembrou que a cultura de ocupação da Amazônia se baseou no desmatamento:
“Precisamos de um pacto antidesmatamento, mas também de uma saída legal para quem desmatou. Quem recebia lote e não desmatava, perdia o lote.”
Concluiu dizendo que os pequenos produtores estão sofrendo muita pressão ambiental e que:
“Precisamos preservar, mas sem tirar o pão de cada dia de quem vive lá.”
TCU bate o martelo e autoriza obra da ponte de Guajará. Empresa local prestará serviços ao consórcio vencedor
Agora vai? Nesta quarta-feira, o Tribunal de Contas da União bateu o martelo, resolvendo de vez o imbróglio que envolvia a licitação da ponte internacional de Guajará-Mirim. Foi um longo e penoso caminho desde que a licitação anterior foi judicializada. Inúmeros recursos, em várias instâncias, atrasaram todo o processo. A obra, avaliada em mais de R$ 450 milhões, teve uma acirrada disputa judicial.
Segundo o ex-deputado federal Miguel de Souza, que acompanha de perto o andamento do processo direto do gabinete do senador Confúcio Moura, o grupo vencedor venceu com uma proposta apenas R$ 5 mil abaixo da segunda colocada. Agora, com a decisão do TCU, resta apenas a publicação do acórdão para que a obra tenha início.
A ponte terá 1.220 metros de comprimento por 17,3 metros de largura, ligando Guajará-Mirim a Guayaramerín, na Bolívia, pela BR-425. O projeto é parte do cumprimento de uma dívida histórica com a Bolívia, relacionada à compra do Acre — conforme previsto no Tratado de Petrópolis.
O consórcio Gaspar/Arteleste foi confirmado como vencedor, e a empresa rondoniense Madecon — que participou de grandes obras no Estado, como os viadutos da BR-364 e a rodoviária de Porto Velho — prestará serviços ao consórcio.
Léo fala da reforma administrativa, dos 180 dias de governo e comemora aprovação popular
Desde a sexta-feira, decretos de exoneração vêm sendo publicados em massa pela Prefeitura de Porto Velho. O prefeito Léo Moraes deu início à sua prometida reforma administrativa, que deve ser concluída nesta segunda-feira (07), com as últimas mudanças sendo anunciadas.
Em entrevista ao programa SIC News, com Everton Leoni, Léo classificou a reforma como “corajosa e pioneira”, afirmando que as medidas trarão economia e mais eficiência à máquina pública. Duas secretarias e duas superintendências serão extintas, e haverá fusões estratégicas de pastas com sedes distantes que atrasavam os serviços.
A economia prevista é de R$ 1 milhão. Entre as mudanças anunciadas está a separação das secretarias de Meio Ambiente e Agricultura, e a criação da Superintendência da Defesa Civil.
O prefeito não revelou nomes de secretários que deixarão os cargos ou que serão convidados. No mesmo programa, Léo foi surpreendido com os resultados de uma pesquisa que apontam 85% de aprovação à sua gestão nesses primeiros 180 dias de governo.
Aldo Rebelo faz críticas à política ambiental e afirma: “O Ministério Público é o braço jurídico das ONGs”
A visita de Aldo Rebelo a Porto Velho foi marcada por críticas contundentes à política ambiental brasileira e à atuação de órgãos como o Ministério Público. Ex-ministro em quatro pastas e ex-deputado federal por seis mandatos, Rebelo participou de evento na sede do MDB, promovido pela Fundação Ulysses Guimarães, e, em seguida, foi entrevistado no programa Papo de Redação, da Rádio Parecis FM.
Aldo criticou duramente a ministra Marina Silva:
“Ela não tem mais nada a ver com a Amazônia. Hoje vive em São Paulo, em conversas com as madames.”
Também atacou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara:
“Ela vive em São Paulo, preocupada com as lojas, não com os índios que vivem na miséria por aqui.”
Segundo Rebelo, o Ministério Público se transformou em “braço jurídico das ONGs”, e ironizou:
“Perguntem aos prefeitos quem manda de verdade nas cidades!”
Embora tenha feito “críticas respeitosas” ao STF, afirmou que o tribunal tem extrapolado seus poderes, ignorando o Executivo e o Congresso. Disse ainda que pretende seguir em projetos que promovam o desenvolvimento nacional e a redução das desigualdades.
“Caminhada da Esperança” pode ter chapa encabeçada por Acir Gurgacz
Uma série de conversações entre partidos de esquerda está em andamento em Rondônia. O objetivo é formar um grupo forte, com nomes viáveis, para disputar as eleições de 2026. Segundo fontes dos bastidores políticos, o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, coordena o processo.
O grupo pode incluir nomes de peso, como o ex-senador Acir Gurgacz e o atual senador Confúcio Moura. Também estariam envolvidos a deputada petista Cláudia de Jesus e outras lideranças do MDB e do PT. A ideia central é montar uma chapa com Gurgacz disputando o governo estadual e Confúcio tentando a reeleição ao Senado.
A decisão final, no entanto, depende da minirreforma eleitoral — cuja votação está prevista para o segundo semestre. Se aprovada, ela pode permitir que Acir esteja liberado para concorrer.
O plano político, apelidado de “Caminhada da Esperança”, deve ser apresentado ao presidente Lula, que virá a Rondônia (em data ainda a ser confirmada) para assinar o decreto que regulariza cerca de 40 mil propriedades — projeto de autoria de Confúcio — e também poderá autorizar o início das obras da ponte internacional de Guajará-Mirim.
Rocha faz périplo pelo interior, entrega obras e amplia apoio à saúde pública
O governador Marcos Rocha percorreu o interior de Rondônia nesta semana, levando ações e entregas para diversos municípios. Em Vilhena, anunciou a ampliação de leitos de UTI e reforçou investimentos na saúde pública. Já em Ji-Paraná, ao lado da secretária de Educação, Ana Pacini, inaugurou a nova estrutura da Escola 13 de Maio, com recursos superiores a R$ 4,6 milhões.
O prefeito Afonso Cândido e o deputado Laerte Gomes (vice-presidente da ALE-RO) também participaram da cerimônia. Em Vilhena, Rocha esteve com o prefeito Delegado Fiori, gravando vídeos sobre as melhorias no Hospital Regional.
Além disso, mais de R$ 13,5 milhões foram investidos em máquinas e equipamentos agrícolas para 21 prefeituras e 19 associações. Entre os itens entregues: 22 plantadeiras de café, 42 secadoras, caminhões e outros implementos. Parte dos recursos veio de emendas parlamentares, principalmente da ex-deputada federal Jaqueline Cassol, hoje secretária no governo.
O périplo foi marcado por aplausos e apoio popular, enquanto as tensões políticas no CPA ficaram em segundo plano.
Produtores rurais continuam fechando a BR-364 sem obter resultados concretos
A Associação dos Produtores Rurais de Cujubim insiste em fechar a BR-364, no quilômetro 563, em protestos por regularização fundiária. No entanto, nenhuma de suas reivindicações tem sido atendida — e dificilmente serão.
O motivo é claro: a política ambiental brasileira está sob forte influência de ONGs internacionais, que ditam regras e restringem acordos. Não há diálogo. As ordens vêm de cima — Ministério do Meio Ambiente, ICMBio, legislação federal. Nem mesmo o Estado pode intervir.
Os produtores já fecharam a rodovia quatro vezes em menos de duas semanas. E, segundo eles, novos bloqueios virão. Porém, o resultado prático segue sendo o mesmo: nenhum. Apenas prejuízo para motoristas, filas imensas e atrasos.
O último bloqueio foi encerrado após negociação com a Polícia Rodoviária Federal. Tudo termina como na peça de Shakespeare: “Muito barulho por nada”.
Há 72 anos, 36 búfalos chegaram a Rondônia. Hoje são 5 mil e ameaçam o meio ambiente
Em julho de 1953, o então governador Jesus Burlamarqui Hossana autorizou a introdução de búfalos africanos na Fazenda Pau D’Óleo, atual município de São Francisco do Guaporé. Vieram apenas 36 animais. Hoje, são mais de 5 mil — formando a única manada selvagem do Brasil.
Sem predadores naturais e com reprodução contínua, os búfalos estão devastando a reserva ecológica do Guaporé. Enquanto outros estados começaram a receber búfalos apenas nos anos 1980 (como na Ilha de Marajó), Rondônia viu sua população explodir descontroladamente.
Durante o governo Ivo Cassol, houve a proposta de caça esportiva aos búfalos, com distribuição da carne para escolas públicas. A ideia unia turismo e segurança alimentar, mas foi barrada por ambientalistas radicais e pelo Ministério Público.
Hoje, o próprio MP exige uma solução do Governo e do ICMBio. Talvez seja hora de reavaliar a proposta de Cassol, que parecia mais sensata do que o abandono atual.
Pacele pede aplicação do ENEM nos distritos da Ponta do Abunã
O vereador Márcio Pacele apresentou à secretária Ana Pacini, da Seduc, um pedido para que as provas do ENEM sejam aplicadas nos distritos da Ponta do Abunã, como Extrema, Nova Califórnia e Vista Alegre.
A solicitação surgiu após reclamações da professora Marinalva e de estudantes, que enfrentam altos custos e longas viagens até Porto Velho ou até cidades do Acre, como Rio Branco.
“Não é justo que um jovem perca a chance de ingressar no ensino superior por não ter condições de viajar centenas de quilômetros”, afirmou Pacele.
A secretária garantiu que analisará o pedido junto ao MEC e demais órgãos. O vereador reforçou que seguirá cobrando uma solução: “Essa é uma luta por justiça educacional e dignidade para nossos jovens.”
Perguntinha
Você sabia que, em 2024, o número de homens mortos por suas companheiras (2.760, cerca de 6% dos homicídios registrados no Brasil) foi quase o dobro do total de feminicídios (1.467) praticados por homens — segundo o Anuário Nacional de Segurança Pública?