O Sebrae em Rondônia aderiu ao projeto “Pró-Catadores”, proposto pelo Sebrae Nacional em outubro de 2023. Em 2024, algumas ações já foram realizadas em parceria com a Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas), que já atuava com catadores de materiais recicláveis. Neste ano, teve início o mapeamento e diagnóstico dos resíduos sólidos no estado.
A apresentação do programa aconteceu nesta terça-feira (1º), no auditório do Sebrae em Porto Velho.
Segundo o diretor superintendente do Sebrae em Rondônia, José Alberto Anísio, o programa tem o objetivo de fortalecer as cooperativas e associações de catadores nos municípios.
“O programa Pró-Catadores já desenvolve essas atividades junto às cooperativas, para mostrar que dentro do que chamamos de ‘lixo’ existem materiais que podem ser reciclados e gerar renda para os catadores. Isso está alinhado com as diretrizes nacionais voltadas a esse grupo de trabalhadores. Além disso, o programa incentiva a economia circular, que consiste em reciclar, transformar em novos produtos e gerar economia. Essa é a essência do Pró-Catadores: atender às necessidades dos municípios e dos catadores, que vivem da coleta e venda de materiais recicláveis, ajudando a aumentar a renda familiar e movimentar a economia local”, afirmou Anísio.
O superintendente também destacou a importância do mapeamento e diagnóstico dos resíduos sólidos.
“Esse mapeamento é fundamental para identificar onde há maior geração de lixo, onde estão os catadores e como essa cadeia pode ser organizada. É uma forma de evitar que o lixo seja descartado a céu aberto e, ao mesmo tempo, fortalecer a atuação das cooperativas, da OCB, das secretarias de meio ambiente e do próprio Sebrae. Assim, os municípios poderão tratar corretamente esse material e transformá-lo em renda para as famílias dos catadores”, explicou.
Cristiano Borges Rodrigues, analista técnico do Sebrae em Rondônia, também participou da apresentação e destacou o trabalho de campo já realizado.
“Visitamos vários municípios, identificando não apenas as atividades das cooperativas de catadores, mas também como os municípios estão organizados para executar a coleta seletiva. Observamos diferentes realidades: há municípios com legislações organizadas e outros que ainda não possuem regulamentação. Alguns contam com cooperativas ou associações, enquanto outros não. Esses cenários diversos exigirão dos consultores, que iniciaram os trabalhos em junho, sensibilidade para orientar cada região conforme sua realidade”, ressaltou Cristiano.
Ele também comentou sobre a possibilidade de os municípios formalizarem contratos com as cooperativas de catadores.
“A contratação pode ser feita por meio de dispensa de licitação, o que facilita o processo e entrega resultados concretos à sociedade. Como o projeto se estende até 2027, acreditamos que é possível consolidar bases sólidas para a implementação da logística reversa em Rondônia”, concluiu.