A ancestralidade diante do seu genoma. Pela primeira vez, indígenas acompanham de perto uma exposição que conta a história de 10 mil anos dos povos que viveram, ao longo desse tempo, às margens do rio Madeira. Pela manhã, 180 indígenas de 35 escolas da rede estadual de ensino voltada para os povos indígenas foram levados ao conhecimento da própria história da qual emergem suas ancestralidades. A imersão com os indígenas começou nas primeiras horas desta quarta-feira (11), no campus da Universidade Federal de Rondônia, localizado no km 9,5 da BR-364, setor rural de Porto Velho. A visita itinerante vem ocorrendo por meio do evento “Maloca”, Mostra Estudantil de Arte e Cultura Indígena, realizada pelo governo estadual.
O evento conta com a presenta de cerca de 30 etnias sendo elas: Kaxarari, Suruí, Cinta Larga, Oro Nao, Oro Waram Xijein, Oro Mon, Oro Waram, Oro Jowin, Aikanã, Mamaindê, Tawandê, Sabanê, Negarotê, Arara, Gavião, Zoró, Kanoe, Tupari, Aruá, Karipuna, Uru Eu Wau Wau, Karitiana, Amondawa, Wajuru, Jaboti, Kampé, Arikapú, Kwazá, Makurap, Puruborá, contabilizando 180 indígenas de 12 superintendências regionais de educação dos municípios de Alta Floresta, Cacoal, Costa Marques, Espigão d’Oeste, Extrema, Guajará-Mirim, Jaru, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Porto Velho, São Francisco do Guaporé e Vilhena.
Aos visitantes foram apresentados a Reserva Técnica, o Laboratório e a Exposição. Em cada um dos espaços, a mediação durou cerca de 30 minutos. Para os discentes, coube contextualizar a história dos pontos definidos dentro do complexo arqueológico. O roteiro começou com o teórico explicando a base da “instituição de guarda e pesquisa de bens arqueológicos; como acessar os acervos arqueológicos; a importância dos acervos arqueológicos; vestígios arqueológicos como bens da União; a conservação dos acervos arqueológicos; apresentação de acervos significativos; e tempo para diálogo. No laboratório, os visitantes passarão por uma imersão na arqueologia, incluindo temas como: ser arqueólogo; a atuação do arqueólogo; a arqueologia indígena; as etapas da pesquisa arqueológica; a datação; uma pequena exposição de materiais e equipamentos de pesquisa; e tempo para diálogo”, finaliza.