Neste mês, é celebrado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. A data serve de alerta para uma condição que afeta milhões de brasileiros de forma silenciosa: a pressão alta. Considerada uma doença crônica cardiovascular, a hipertensão arterial ocorre quando a pressão do sangue nas artérias se mantém elevada por um período prolongado. Se não tratada, pode levar a complicações graves e até fatais.
A hipertensão se divide em dois tipos: primária, que se desenvolve com o tempo e, geralmente está relacionada a fatores como alimentação rica em sódio e gordura, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo, estresse, má qualidade do sono, obesidade, sobrepeso e histórico familiar; e secundária, associada a doenças renais, distúrbios hormonais ou até ao uso contínuo de determinados medicamentos.
Segundo Dr Pedro Rubens, cardiologista do Hospital HSANP, o diagnóstico é feito a partir da medição da pressão arterial – algo simples, mas fundamental. “Valor de 120/80 mmHg (12×8) é considerado normal, enquanto a pressão é alta quando está igual ou acima de 140/90 mmHg (14×9)”, explica.
O especialista ressalta que a tecnologia pode ser uma aliada. “Hoje, muitos aplicativos ajudam os usuários a monitorar a pressão e identificar irregularidades. Mas isso não substitui os check-ups regulares, essenciais para um diagnóstico precoce”, reforça.
Complicações a longo prazo
A hipertensão pode causar danos progressivos ao organismo, comprometendo o funcionamento de órgãos vitais. Entre os principais riscos associados à condição estão:
- Infarto, insuficiência cardíaca e arritmia
- Acidente Vascular Cerebral (AVC), com possível comprometimento neurológico
- Insuficiência renal crônica
- Danos na retina que, em casos graves, podem levar à cegueira
- Aneurismas
- Desenvolvimento de outras doenças como diabete tipo 2
Sintomas e prevenção
Embora muitas vezes silenciosa, a hipertensão pode apresentar sintomas como tonturas, dor de cabeça frequente, visão turva, sangramentos nasais, confusão mental, dores no peito e falta de ar.
A boa notícia é que, se detectada precocemente, ela pode ser controlada com medicação e, em muitos casos, apenas com mudanças no estilo de vida.
“Pequenas mudanças fazem grande diferença. Alimentação equilibrada, sono regulado e a prática regular de atividades como caminhadas, pilates, meditação e pausas de 15 minutos ao longo do dia podem ajudar significativamente na prevenção”, finaliza Dr Pedro Rubens.