Não é segredo para ninguém que viajar de Porto Velho, Rondônia, para qualquer lugar do Brasil sai mais caro do que uma viagem, por exemplo, para Lima, capital do Peru, ou para um dos seus destinos mais procurados, até mesmo pelos rondonienses: a cidade histórica de Cusco.
Mas a pergunta que fica, além da indignação por viver em um país tão caro e onde os impostos na vida do contribuinte revelam uma desigualdade social perante aqueles que não precisam e ainda ganham isenção, é: por que, diante de tantas reclamações, até hoje as empresas aéreas continuam ditando regras dentro do território rondoniense?
O prefeito Léo Moraes (Podemos) viajou até o Distrito Federal (DF) para tratar, entre outros temas, da possibilidade de intervenção por parte do ministro dos Portos e Aeroportos, o pedagogo Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
O ministro ouviu atentamente as reivindicações de Léo Moraes, as quais foram detalhadamente explicitadas no gabinete. “Hoje, o porto-velhense tem que ir até Cuiabá (MT), percorrer cerca de 1.400 quilômetros para pagar uma passagem de R$ 600. Se sair de Porto Velho, ele pagará em torno de R$ 3.500”, lamenta.
Nas redes sociais, o morador se mostrou satisfeito com essa possibilidade. A moradora Auridene Frota disse que há quatro anos tenta rever a mãe, que vive no Nordeste, mas os preços exorbitantes tornam a viagem impossível.
“Que coisa boa, prefeito! Já faz quatro anos que não vejo minha mãe por conta da passagem para o Ceará ser tão alta”, comemora.
Feliz com mais um aceno, Léo pontuou sua viagem a Brasília, em busca de reunir-se com gestores do governo Lula e, desta maneira, colocar um fim nessa situação que se arrasta há anos sem solução a curto prazo.
O chefe do executivo municipal também pontuou a conversa acerca do alfandegamento, da necessidade de o município ser um entreposto de negócios: “Tanto do turismo quanto dos negócios, quanto do lazer, quanto da pesca esportiva e também de transportar nossas mercadorias. Isso é incremento industrial, geração de empregos, manutenção do fluxo de dinheiro na cidade. É transformar Porto Velho em referência no Norte, tendo em vista nossa posição estratégica com os países amazônicos, bem como para todo o restante do Brasil”, finaliza.
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