A quarta rodada de negociação entre o Sindicato dos Professores das Faculdades Particulares (SINPRO), o Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Particulares (SINTEEP) e o Sindicato Patronal das Faculdades e Escolas Particulares (SINEPE) terminou sem acordo. A reunião, realizada nesta quarta-feira na sede do SINPRO, manteve o impasse sobre o reajuste salarial e benefícios.
A proposta patronal de aumento salarial ficou abaixo da inflação, que é de 4,8% pelo INPC. O reajuste oferecido foi de 3,5%, parcelado em duas vezes: 2% em julho e 1,5% em outubro. Além disso, houve uma nova proposta para o auxílio-alimentação, com reajuste de 9,6%, contra os 4,8% anteriores. No entanto, os empregadores insistem em fracionar o benefício de acordo com a carga horária, enquanto atualmente ele é pago de forma igual para todos.
Diante da negativa dos sindicatos trabalhistas, foi solicitado o apoio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que deverá intermediar uma nova tentativa de acordo nos próximos dias.
Mobilização e protestos
Os sindicatos SINPRO e SINTEEP planejam intensificar a mobilização dos trabalhadores para denunciar à comunidade acadêmica e à sociedade a postura patronal. A categoria contesta a tentativa de parcelar o reajuste e reduzir direitos conquistados, especialmente diante dos aumentos recentes nas mensalidades escolares – que chegaram a 5,75% nas faculdades e 6,8% nas escolas particulares.
O presidente das comissões de negociação do SINPRO/SINTEEP, professor Luizmar Neves, destaca que a participação dos trabalhadores será fundamental nas próximas etapas. “É essencial que a categoria se mobilize e mostre à sociedade que nossas reivindicações são legítimas”, afirmou.
Mesmo sem acordo, os sindicatos reforçam a disposição para diálogo, mas alertam que, caso não haja avanços, poderão ser organizadas paralisações e protestos para pressionar por uma solução justa.