Após uma temporada de incertezas, órgãos meteorológicos, principalmente o NOAA – Agência Norte-americana para o Clima dos Estados Unidos – anunciaram nesta segunda-feira (30) o retorno do fenômeno “La Niña”.
Segundo especialistas do MetSul Meteorologia, o evento poderá começar no final de dezembro ou já em janeiro de 2025. O destaque para o anúncio é que sua ocorrência neste período é considerada tardia nos últimos 50 anos, conforme revelam meteorologistas do MetSul.
La Niña é caracterizada pela interação entre a atmosfera e o Oceano Pacífico, ocorrendo devido ao resfriamento das águas do Pacífico tropical, atingindo temperaturas até 0,5 ºC abaixo da média. O MetSul explica que o fenômeno depende da conexão entre “oceano e atmosfera” para sua confirmação. Com esse anúncio tardio, especialistas acreditam que sua duração será curta, diferente dos episódios de 2020 e 2023. A expectativa é que persista de 3 a 5 meses.
Diferente do El Niño, que traz aumento de temperaturas e escassez de chuvas, o La Niña provoca o oposto: quedas de temperatura e chuvas intensas e frequentes.
No Brasil, o impacto é observado de forma distinta: as regiões Norte e Nordeste enfrentam chuvas abundantes, enquanto o Sul experimenta uma redução considerável nos índices pluviométricos. Na Amazônia, o fenômeno pode desencadear enchentes e inundações significativas.
O que é La Niña?
De acordo com o NOAA, “La Niña é um padrão climático que ocorre no Oceano Pacífico. Nesse padrão, ventos fortes deslocam água morna da superfície do oceano da América do Sul em direção à Indonésia. Enquanto isso, a água fria das profundezas sobe à superfície próxima à costa da América do Sul.”
Informações: MetSul Meteorologia e NOAA.