Na Região Norte, não é apenas o Rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia, que vem sofrendo com a escassez de água devido ao aquecimento global. No Amazonas, os principais rios que cortam o estado enfrentam um cenário de calamidade. Durante dois meses, os cursos d’água foram monitorados por satélites ligados ao governo brasileiro.
As imagens divulgadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no Programa Brasil Mais, por meio da SCCON, são impactantes. A situação atual desses rios é alarmante. Nas cenas, o Rio Negro, no município de Novo Airão, é um retrato da seca. Onde antes havia o curso das águas, hoje há a formação de praias.
O Rio Solimões também evidencia a mesma tragédia ambiental na Amazônia. Dados do Serviço Geológico do Brasil informam que o nível do rio já ultrapassou a pior seca dos últimos tempos, registrada no ano passado, de 12,70 metros para 12,59 metros.
Este último registro é de setembro deste ano. Em Rondônia, o Rio Madeira, principal afluente do estado, também está com o nível bem abaixo do esperado para esta época. Na manhã de hoje, o Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico destacou o manancial com apenas 0,50 metros, outro índice recorde para o mês de outubro.