O ar está literalmente irrespirável, e isso vem ocorrendo desde que os incêndios e as queimadas criminosas passaram a acontecer deliberadamente em Rondônia, Amazonas e Pará. Em agosto, quando o céu azul começou a ficar cinza, a população passou a sofrer pelas falhas no combate e controle do fogo. A afirmação é do Ministério Público Estadual.
O sol há quase um mês não é visto, pois parte do dia ele fica encoberto por uma cortina espessa de fumaça que se instalou na atmosfera. Instituições ligadas ao governo federal vêm emitindo dados sobre a qualidade do ar.
Em Porto Velho, dados divulgados pela Fundação IQAIR indicaram uma grave piora na qualidade do ar na terceira maior capital da Região Norte. O índice de 621 microgramas por metro cúbico (µg/m³), registrado a partir do dia 29 de agosto, foi tão ruim que se comparava ao de países extremamente poluidores. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), um ar seguro teria até 45 µg/m³.
Esse agravamento coloca a capital em um nível de qualidade do ar classificado como “muito perigoso”, na escala seis, a última da entidade. A recomendação é evitar atividades físicas e exposição ao sol. Hidratação, uso de protetor solar e de máscara são prioridades.
A situação em Rondônia preocupa, devido aos constantes incêndios florestais que dominam o estado. No dia 26 de agosto, após o agravamento do cenário, o governo estadual emitiu um Decreto de Emergência.
O Inpe, por meio do BDQueimadas, apresentou cálculos alarmantes sobre os incêndios em Rondônia nos últimos oito meses. De 1º de janeiro até 29 de agosto, o órgão detectou 5,88 mil focos de incêndio, o que representa o dobro das ocorrências no mesmo período do ano passado. Com informações da Agência Brasil.