Por meio de um decreto publicado na edição suplementar do Diário Oficial do Estado (DIOF) da última sexta-feira (30), o governador Marcos Rocha (UB) fez uma série de recomendações à população diante do cenário crítico em razão da baixa qualidade do ar em decorrência das queimadas.
O documento possui sete artigos. Em suas considerações, ele informa que a concentração média de PM2.5 em Rondônia permanece alta, com as regiões do Madeira-Mamoré, Vale do Guaporé e partes do Vale do Jamari enfrentando condições de “péssima” qualidade do ar, e a previsão de que outras áreas continuarão entre “ruim” e “muito ruim”.
Ele considerou também que “as altas concentrações de monóxido de carbono (CO) e material particulado fino PM2.5, com impacto direto na saúde pública” e que “Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) recomendou a intensificação das medidas preventivas para reduzir a exposição da população aos poluentes atmosféricos, promovendo ações de conscientização e educação em saúde, incluindo o uso de máscaras N95 e a limitação de atividades externas”.
Com isso, o governador recomendou à população a adoção de medidas preventivas para reduzir os impactos à saúde decorrentes da má qualidade do ar, como evitar atividades físicas e recreativas em ambiente aberto enquanto durar o período crítico de contaminação do ar pela fumaça. Manter portas e janelas fechadas em períodos de alta concentração de fumaça, se possível.
Redobrar a atenção com crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas e gestantes, buscando assistência médica em casos de agravamento dos sintomas respiratórios também foi recomendado assim como “a ingestão frequente de água para manter a hidratação e ajudar a reduzir os efeitos da poluição sobre as vias respiratórias”.
Rocha sugere reduzir, se possível, o “tempo de exposição em ambiente aberto, durante o dia ou à noite”, e “dirigir com atenção redobrada, evitar atravessar áreas com cortinas de fumaça e fogo, além de evitar se deslocar pelas rodovias que estão com interdições”.
Para as escolas, fica autorizada a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) determinar a suspensão das atividades práticas ao ar livre nas escolas estaduais da rede pública de ensino, até que haja uma melhoria significativa na qualidade do ar, conforme os parâmetros estabelecidos pelos órgãos de saúde.
“Ficam os gestores municipais orientados a divulgar amplamente estas recomendações, utilizando os meios de comunicação disponíveis, e a adotar medidas locais que considerem a situação específica de cada município, subsidiados por nota técnica de órgão competente”, decreta.