A brasileira Bárbara Domingos, mais conhecida como Babi, fez história e levou o país pela primeira vez a uma final individual geral de ginástica rítmica nas Olimpíadas. Gigante!!
Com 24 anos, a ginasta teve a 8ª melhor nota das classificatórias entre as 24 concorrentes e garantiu o lugar na final. As medalhas serão disputadas nesta sexta-feira (9) às 9h30 (horário de Brasília).
Ela, que tem Daine dos Santos como inspiração, superou diversos obstáculos para chegar e arrasar em Paris. Antes da final, Babi arrasou nas apresentações e trouxe séries e músicas que animaram a plateia na arena. Depois de três ouros e duas pratas no Pan-Americano de Santiago, em 2023, ela vai em busca de coroar a carreira na disputa na cidade francesa!
Arrasou em Paris
A primeira apresentação foi com a bola. Com uma coreografia linda, a ginasta se saiu muito bem e tirou 33.100.
No momento seguinte, com o arco, a música tema do filme “O Rei Leão” emocionou a arena que via a apresentação. Babi foi, mais uma vez, incrível e recebeu uma nota: 34.750.
Depois das duas primeiras séries, Babi já mostrava para o que veio, estava em 6º lugar.
Ao som de “Bad Romance”, de Lady Gaga, a atleta se apresentou com a fita e encaminhou um notão, que a aproximou mais ainda da disputa pela medalha. 31.700.
Nas maças, a ginasta brilhou ao som de “Garota de Ipanema”. A curitibana teve uma falha ao deixar o aparelho cair no chão, mas mesmo assim conseguiu nota suficiente para ir à final.
Pela primeira vez, Babi, e o Brasil, alcançaram um feito inédito!
Superou desafios
Para chegar onde chegou, a atleta batalhou muito. Em 2019 ela viveu o melhor momento da carreira e terminou o Mundial em Baku na 31ª colocação, melhor desempenho do Brasil na competição até então.
A pandemia ajudou as competições e Babi aproveitou o período parado para tratar uma lesão no quadril.
No final de 2021, a atleta decidiu passar por uma cirurgia no quadril, que a afastou dos tablados por oito meses.
O retorno foi fenomenal e em 2023 ela conseguiu a primeira medalha do Brasil e da América Latina em Copas do Mundo de ginástica rítmica, ficando com o bronze em Sofia, na Bulgária.
No Mundial de Valência, Babi ficou em 14ª no individual geral e assegurou a participação em Paris.
Em entrevista ao Olympics, ela comentou a realização dos sonhos. “Em 2021, em Tóquio, eu passei tão perto e logo depois tive que fazer uma cirurgia no quadril. Acredito que foi resiliência, força e acreditar. A gente sempre tem que acreditar nos nossos sonhos, porque um dia eles vão se realizar. E eu realizei o meu, que é ir para as Olimpíadas”.
Inspiração na Daiane
A atleta, que começou na ginástica artística aos 5 anos, disse que a inspiração veio a partir das apresentações de Daiane dos Santos.
Tempo depois, ela mudou para a modalidade artística. Babi, filha de pai preto e mãe polaca, disse que a representatividade de Daiane foi muito importante para ela, que é preta.
As duas chegaram inclusive a se encontrar no passado, quando a Confederação Brasileira de Ginástica tinha sede na capital do Paraná.