O epicentro da estiagem nem chegou perto do pico que ocorrerá a partir de agosto e setembro. Longe disso, as denúncias acerca das queimadas já elevam o grau de tensão em Porto Velho (RO). A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) apresentou dados que já preocupam a vida de quem tenta sobreviver ao caos ambiental de Porto Velho. De janeiro até o momento, o setor recebeu pouco mais de 260 queixas contra esse tipo de crime ambiental. Os dados correspondem apenas à zona urbana.

Para que a cena catastrófica de 2019, no então governo de Jair Bolsonaro, não se repita, o município declara que vem intensificando trabalhos de fiscalização e que vai tratar com rigor quem for flagrado provocando o crime ambiental.
E para isso, a multa deverá pesar no bolso, variando de R$ 500 a 2 milhões. No levantamento divulgado pela Sema, o número de focos de incêndio deste ano já superou em 80% o registro de 2023.

Em Rondônia, a falta de atenção de alguns gestores tem sido decisiva para o aumento das queimadas. Em Cujubim, imagens de satélite denunciavam nesta sexta-feira (26) uma área de aproximadamente 163 quilômetros quadrados sendo devastada pelo fogo. A região flagrada pelo equipamento tem característica de desmatamento.

O fim das queimadas, segundo o órgão municipal, estaria na conscientização dos moradores que sabem que provocar incêndios na área urbana e na Amazônia é crime. E se mesmo com os alertas o erro persistir, a instituição coloca à disposição os telefones: (69) 98423-4092 e 0800 647 1320 para denúncias.