Rios que enchem severamente e outros que secam ao extremo. Na Amazônia brasileira, esse efeito “tem se tornado cada vez mais comum” e, segundo estudiosos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), está ligado aos efeitos provocados pelas mudanças climáticas. A seca registrada em 2023 é o mais severo dos eventos desde a série histórica, que começou em 1902.
O pesquisador do Inpe, Jochen Shöngart, informou à Agência Brasil que, “entre cheia e vazante, o sistema pontuou uma variação de 1,6 metro”. Essa mudança traz uma influência nos fenômenos de cheia e seca, fazendo com que os cursos d’água encham rapidamente e sequem na mesma velocidade. Para os pesquisadores, a alteração implica em transtornos para a economia e para quem tem os rios como fonte de sobrevivência.
Ainda de acordo com a pesquisa, a mudança climática na Amazônia tem interferido, inclusive, nas chuvas na Região Sul. Quanto a isso, os pesquisadores associam o desmatamento, as queimadas e a construção de empreendimentos, como é o caso das hidrelétricas.
Outro fator que estaria contribuindo para a alteração dos fenômenos é a destruição da floresta. Para os estudiosos, quanto menor a quantidade de árvores realizando o processo de evapotranspiração, gerando vapor de água para a atmosfera, menor é a quantidade de chuvas, o que faz com que a temperatura suba na região.
Com informações da Agência Brasil.