Esta semana, a ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva, chamou à atenção para a Amazônia. A região, segundo Silva, estaria diante de um alerta gravíssimo. Para a ministra de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os amazônidas devem se preparar, pois se aproxima com a chegada do período seco, uma forte estiagem. Na pasta do Meio Ambiente, o fenômeno é tratado com cautela. É que de acordo com especialistas, ele pode ultrapassar os níveis ocorridos no ano passado, quando os rios, os principais da Região Norte simplesmente secaram, abruptamente.
Em Rondônia, o Rio Madeira, principal afluente do estado sofreu com os efeitos climáticos. Os bancos de areia, que são normais da época do ano, causados também pela garimpagem de ouro, aumentaram, mas nada comparado com anos anteriores. Por mais que muitos ainda busquem negar, especialistas alertam que os efeitos do Aquecimento Global já revelam a tendência das próximas estações.
Nesta semana, um comunicado da Defesa Civil de Porto Velho (RO) apresentou o Rio Madeira com nível quem vem baixando ao longo da temporada. Nesta quarta-feira (8) entre às 11h e 12h, o Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico (SIMAH) setor ligado ao Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam/Censipam) descrevia o nível do observado em 9.24mm. Na comparação com 2023, o manancial registrou na mesma data uma média de (12,57), com mínima de histórica do mês em 5.20 mm.
No Amazonas, o governador Wilson Lima (U.B) já fala em crise hidrológica, inclusive explicou em postagem no ‘Instagram’, que tinha enviado documentos pedindo apoio do governo Lula. A intensão, segundo Lima é antecipar os trabalhos que possam auxiliar a navegação e a chegada de mercadorias para o estado, durante o período seco.
“Reuni nossa equipe para alinhar a antecipação de ações para minimizar os impactos sociais, ambientais e econômicos da estiagem deste ano. Já estive reunido com ministros do Governo Federal para solicitar apoio em ações como a dragagem dos rios e no combate às queimadas e ao desmatamento. Nossa missão é cuidar das pessoas, especialmente as mais vulneráveis, e nós estamos trabalhando para diminuir os impactos dos extremos climáticos na vida delas”, disse.
Com essa “antecipação”, o governo busca se redimir dos futuros problemas, já que em 2023, o Amazonas estampou capas de jornais internacionais revelando os incêndios e uma cortina de fumaça que pairou sobre a Manaus. Na época, a capital ganhou destaque como a mais poluída do mundo. Wilson Lima, tratou de arrumar culpados e mirou no Pará e em Rondônia, mas foi desmentido por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que associaram a fumaça com as queimadas no sul do Amazonas e na divisa com o estado paraense.