Pelo país, a greve dos servidores técnicos-administrativos dos institutos federais, colégios e universidades ocorre desde o dia, 11 de março. Esta semana, o movimento grevista promete endurecer a paralisação com a inclusão de outros órgãos públicos voltado ao ensino.
No estado, a Universidade Federal de Rondônia (Unir) deverá aderir ao paro. Nesta segunda, 08/4, o movimento local se reúne nos três turnos com os servidores e acadêmicos, para definir o cenário da greve nas sete instituições da Unir espalhadas pelo interior e a Capital.
Também na semana passada, a Unir enviou um comunicado por meio da sua assessoria se posicionando em favor. O problema é que o informe não era claro o suficiente para apontar como a greve afetaria nos estudos de pouco mais de 10 mil estudantes. Em todo o país, já são 320 instituições paradas. O temor é que além dos técnicos-administrativos, os professores cruzem os braços em apoio.
No meio acadêmico, greve e sinônimo de atraso no semestre, principalmente quando o semestre 2024.1 começaria no dia,11. “Complicado fazer greve no momento que estamos. Tem que atrasar o semestre letivo. Eu sou contra, não tem nada a acrescentar”, escreveu um estudante.
Entre os contrários ao ato de paralisação, existem aqueles que apoiam. “Um governo legítimo e democrático, permite que a classe trabalhadora lute por seus direitos sem punições ou perseguições desnecessárias. Todo movimento de luta de classes por seus direitos e legítimo. Com certeza essa classe será ouvida com respeito e consideração e terá suas reinvindicações ou parte delas acolhidas. É certo que colherão bons frutos. Por sorte hoje temos um governo legitimamente democrático e humano. Que pensa e trabalha para a classe trabalhadora”.
Um trecho da nota assinada pela reitoria, a instituição fala da legalidade das reivindicações, ao mesmo tempo que reconhece o direito da paralização pelos servidores. “A Reitoria da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) reconhece a legitimidade das reivindicações de servidores Técnico-Aministrativos em Educação (TAEs) e Docentes, tendo ciência dos desafios impostos às carreiras e ao desenvolvimento das atividades nas Universidades Brasileiras, e reafirma seu compromisso com o direito de mobilização dos servidores”.
Em nota, os Ministérios da Educação (MEC) e de Gestão se antecipam para criar uma mesa de negociação, principalmente para trabalhar o pedido de “reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação. O relatório final do colegiado, entregue na última semana à ministra Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação”.
Com informações do jornal “Extra”.