Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros estão se divorciando cada vez mais e em um ritmo mais acelerado.
Os dados do Registro Civil divulgados nesta quarta-feira (27) mostram que, em 2022, foram registrados 970 mil casamentos e 420 mil divórcios (judiciais e extrajudiciais), resultando em um divórcio para cada 2,3 casamentos no ano.
Comparativamente, em 2010, houve 977 mil casamentos e 239 mil divórcios, o que significava uma proporção de um divórcio para cada 4 casamentos.
Além disso, os números revelam uma mudança significativa na temporalidade dos divórcios. Em 2010, 37,4% dos divórcios ocorriam em menos de dez anos após o casamento, enquanto em 2022, esse percentual aumentou para 47,7%. Por outro lado, os divórcios que ocorreram 20 anos ou mais após o casamento diminuíram de 36% (em 2010) para 26,4% (em 2022).
O total de divórcios no país cresceu 8,6% de 2021 para 2022. Em média, os homens se divorciam em idades mais avançadas que as mulheres, com idade média de 44 anos para homens e 41 para mulheres em 2022.
Destaca-se ainda que as cidades com as maiores taxas de divórcio estão localizadas no Paraná, com Ivatuba registrando 7 divórcios a cada 1 mil habitantes e Iracema do Oeste com 6 divórcios por mil habitantes.
Quanto à guarda dos filhos menores de idade nos casos de divórcio, houve uma mudança significativa ao longo dos anos. Em 2014, em 85% dos divórcios, a guarda ficava com a mulher, enquanto em 2022, esse índice caiu para 50,3%, com a guarda compartilhada passando de 7,5% para 37,8% dos casos de divórcio ao longo de oito anos. Os casos em que os homens ficam responsáveis pela guarda após o divórcio diminuíram de 5,5% em 2014 para 3,3% em 2022.
Com informações de G1