Alvo das operações Ptolomeu I, II e III, o governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas) foi o entrevistado da semana na CNN Brasil. A enchente de 2024 que afetou 19 dos 22 municípios era o assunto principal, mas o sobrinho do ex-governador Orleir Cameli precisou trabalhar em sua defesa. Após ser indagado da acusação de corrupção, crimes apurados pela Polícia Federal (PF), Cameli disse que parte do princípio da justiça. “Parto do princípio de que tudo que há dúvida, precisa ser investigado”, afirma.

Diante das ações, o acreano de Cruzeiro do Sul foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), inclusive com um pedido de afastamento que segue em análise pela ministra Nanci Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Cameli contabiliza o tempo das operações e disse que em nenhuma foi chamado para depor. “Há três anos que eu estou sendo investigado. Me coloco a disposição da justiça. Aproveito e reitero: estou à disposição. O que é determinado pela justiça não se discute, cumpre-se. É parte do princípio do direito e eu não tenho que questionar o que é lei”.
Se as operações interferiram no governo estadual, Cameli respondeu. “O que há dúvida tem que ser investigado. Naturalmente que isso cria um prejuízo porque temos aí uma população de quase 1 milhão de habitantes. Diante do cenário de servidores públicos, cria uma certa instabilidade. Eu tenho que governar e vou governar sempre cumprindo aquilo que está na Constituição”, reitera.