O anúncio da inclusão do Hospital Universitário (HU) do Acre ao Programa de Aceleração do Crescimento o (NOVO-PAC), do governo do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, acabou destacando o estado em mais uma etapa, a de importantes obras voltadas ao bem-estar e saúde da população. No estado vizinho, o empreendimento vem sendo festejado, principalmente pelo corpo discente da Universidade Federal do Acre (Ufac).

“Foi uma luta que envolveu fortemente a sociedade, especialmente os setores da saúde comprometidos com a qualidade dos serviços”, disse a reitora, Guida Aquino.
A aprovação do projeto, pelo governo federal era esperada há 11 anos. Na Região Norte, o Hospital Universitário, tira o estado da lista das federações desta região que não dispõem do empreendimento para atender a saúde da população. Com a saída do Acre, a triste realidade é mantida pelos estados de Rondônia e Roraima.
No caso de Rondônia, o estado, desde 2011, durante os governos planeja construir o Hospital Público de Urgência e Emergência (Heuro) que em tese substituiria o João Paulo II, mas até os dias atuais, a construção não passa de uma promessa eleitoreira. Levantamento indica que das (26 federações mais o Distrito Federal), apenas Rondônia e Roraima não contam com hospitais universitários.
Em Rondônia, o serviço funcionaria como um auxílio para a saúde pública estadual acabando as filas e com a falta do atendimento ‘humanizado’ que deveria ser prestado no JP-II. Além disso, tornaria a vida dos servidores mais fácil, tendo em vista que atuariam em um setor hospitalar com as capacidades exigidas pelo Ministério da Saúde (MS).
De volta ao Acre, o projeto desenvolvido pela Universidade Federal recebeu ainda em 2023, representantes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSH) para checar de perto a estrutura do campus. O resultado apontou que a Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) respondesse pelo Hospital Universitário. Além do mais, a obra será administrada pelo governo federal. Mas o que isso significa para os estudantes? De acordo com informações, um Hospital Universitário auxilia o corpo discente durante o processo de graduação e pós-graduação integrando totalmente ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O cenário acreano, pode, inclusive, ser tomado como (proposta por algum parlamentar), disposto a buscar o benefício para o estado de Rondônia. Os estudantes passariam a desenvolver aquilo que acontece na maioria das universidades da América Latina que é a realização das aulas práticas a partir do 1º período. No Acre, o projeto já foi discutido pela reitoria da Universidade e o governador Gladson Cameli (PP). O PAC, também já acenou com um investimento na ordem de R$ 50 milhões para a aquisição de novos equipamentos.
A vitória acreana, mais uma vez desbanca a Universidade Federal de Rondônia (Unir) que no auge dos seus mais de 35 anos capenga com a falta de planejamento administrativo, tornando nos últimos anos uma instituição de ensino superior praticamente abandonada. O Campus em Porto Velho (RO) carece até de serviços básicos como pintura da fachada. No em 2023, a tubulação de um hidrômetro, próximo da biblioteca explodiu, abrindo um rombo na parede. Isso é apenas alguns dos muitos problemas que necessitam ser sanados e com urgência pela próxima reitoria.
Para a reitora da Ufac, Guida Aquino, a aceitação projeto do (HU), ‘projeta’ a Ufac em outro patamar. Ela explicou que “há onze anos, a Universidade trabalhava para que o projeto fosse aceito”. Com informações do jornalista Orlando Sabino.