O jornalista e escritor acreano, Jairo Carioca, lança no próximo sábado (03), às 17 horas, no Centro Eclético Corrente da Luz Universal (CECLU) localizado na Av. Rogério Weber, Baixa da União, em Porto Velho, o livro “Vovô Irineu”, um exemplar de 310 páginas que conta a história de um dos personagens mais importantes dentro da comunidade, Raimundo Irineu Serra, além de detalhar sobre a Doutrina do Daime.

Ao News Rondônia, Jairo informou que o livro já foi lançado em pelo menos quatro estados (Acre, Maranhão, Piauí e Goiás) e no Distrito Federal. A obra já rodou o mundo ao ser entregue na Europa, América Central e nos países da América do Sul como Chile e Paraguai.
Ele comentou que o livro faz referências, em suas páginas, sobre a relação de Raimundo Irineu com Antônio Sapateiro, figura importante na implantação da doutrina no estado rondoniense. Fala também de José Vieira, um homem intelectual que redigiu, a pedido de Irineu Serra, o estatuto oficial do Centro de Iluminação Cristã Luz Universal (CICLU), instituído em julho de 1971.
“É pelas mãos de José Vieira que finaliza um ciclo importante de fundamentação da Doutrina, um esforço do Mestre Irineu desde o início de construção de seus trabalhos espirituais, concluído dias antes de sua passagem espiritual. Outra amizade construída nesta época que merece destaque foi do líder espiritual com o casal Virgílio e Francisca Nogueira. Seu Virgílio passou a ser o homem de confiança no transporte do Daime entre as cidades de Rio Branco e Porto Velho. O núcleo era dirigido por seu Regino Silva, mais tarde, passa a se chamar Centro Eclético Correntes da Luz Universal (CECLU) já no comando do seu Virgílio Nogueira”, comentou.

Carioca afirma que a instituição do CECLU em Porto Velho é um ponto de apoio para o pensamento de expansão idealizado pelo fundador da Doutrina do Daime na década de 1970. Porto Velho, assim como outras capitais brasileiras, passou pelo processo de expansão dos grupos que cultuam com o uso da ayahuasca ou Santo Daime, movimento que alguns pesquisadores classificam como “exportação” ou transição da Ayahuasca da Floresta para os centros urbanos. Beatriz Labate escreveu sobre a reinvenção do uso da ayahuasca.
“O que nos move em todo esse processo é o amor e o respeito que todos têm, especialmente em Porto Velho, pelo Mestre Irineu, a madrinha Peregrina e aos trabalhos oficializados na Doutrina. Os objetivos desta obra se assentam nesse público, de seguidores que defendem o bom uso do Daime, o replantar Santas Doutrinas”, concluiu.