Convidada de honra para discursar na COP26, em 2021, na Escócia, a rondoniense, Txai Suruí, (Walela Soet Xeige) jamais imaginaria ver seu nome com um dos mais influente na história atual. Com falas que exigiam a responsabilização dos agentes mundiais, para a continuação da vida na terra, a jovem, também denunciou diante de um momento perigoso o descaso em torno da Floresta Amazônia, produzido pela gestão de Jair Bolsonaro.
A partir deste momento, a vida de Walela Soet Xeige, nome de batismo da filha dos ativistas como o grande cacique Almir Suruí e de Ivaneide Cardozo, (Kanindé), alçaria outro espaço no cenário das causas ambientais.

Na ponte área entre o Brasil e os países europeus, Txai sai pelo mundo alertando para a importância de proteger a Amazônia, um dos desafios cruciais para uma humanidade que queira continuar existindo. O trabalho que requer cautela, principalmente por conta dos riscos envolvidos, faz da jovem Suruí, uma das lideranças mais importantes da Amazônia no Brasil.

Na Lista Forbes Under 30, da conceituada revista norte-americana com filial no país, Txai, estampa a capa ao lado de Livia Nunes, Matuê, Jojo Todynho e Marcos Marçal. Eles, foram considerados os jovens de até 30 anos que tiveram grande poder de influência perante suas falas. Para TX, o simples fato de nascer indígena é não ter escolhas. “Quando a gente nasce indígena, a gente não tem muita escolha se vamos querer lutar ou não”.

Por influência dos pais, Txai atua em causas ambientais e dos povos originários, praticamente desde o nascimento. Por meio do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, são realizadas cobranças aos dirigentes no seu estado e no Brasil.

Atualmente, Walela é uma das coordenadoras da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, desenvolvida há mais de 30 anos por Ivaneide Cardozo e um grupo de ativistas. Para Txai, a proteção da Amazônia passou a ser um dever de todos. “Somos 5% da população mundial e protegemos 80% de todas as florestas do mundo. Essa é uma luta que tem que ser planetária. A gente quer mostrar que árvores e rios têm alma, têm vida, e que nós somos seres natureza. Essa sabedoria indígena tem muito a oferecer à humanidade. É um contraponto a esse desenvolvimento que destrói. Não somos contra o progresso, mas isso não pode custar nossas vidas”.
Com informações da Revista Forbes.