Desfilando por entre autoridades das mais altas patentes, inclusive chefes de estado. Outrora, destacando os desafios, no que tange o cuidado incondicional do ambiente. Mensagens e exemplos não faltam no amplo portifólio da ativista rondoniense e líder indígena, Txai Suruí, ou (Walela Soet Xeige).
Convidada de honra da 28ª Conferência das Partes, ou simplesmente COP28, das Nações Unidas (ONU), Walela vem integrando as lideranças que conseguiram capitar o que acontece nos bastidores do evento mundial. Para Txai, a COP estaria fugindo do seu foco principal. “Essa COP é mesmo cheia de contradições. Quando estamos aqui tentando mostrar a nossa luta, dizer da importância de mudar o sistema, de trazer a voz dos povos indígenas, de proteger os territórios, acabando com o uso dos combustíveis fosseis, somos surpreendidos com a maior delegação de lobistas do petróleo nas COP”, denuncia.
Pelo tapete antiambiental, Txai destaca a presença de mais de 2 mil lobistas, nome atribuído a um grupo de pessoas que defende os interesses de uma determinada instituição. Ainda de acordo com Txai, a presença desses indivíduos, estaria funcionando como uma espécie de aliciamento das partes. “Negacionistas que tentam interferir para que as coisas não mudem, permanecendo como estão. Não podemos permitir isso”, destaca.
No encontro desta quarta, 06/12, Txai em mais uma rodada de encontros na COP, em Dubai, buscou denunciar os casos de perseguição e assassinatos de ativistas indígenas na Amazônia.