Há dois meses, o estado Amazonas não sai das manchetes dos principais jornais do Brasil e do mundo. A federação que concentra, juntamente com o Pará, a maior parte da Amazônia Legal, tem ganhado as páginas por aquilo que comete de pior, os crimes ambientais.

Seca dos rios, desmatamento da floresta, lixo plástico aos montes nas margens dos cursos d’água, em especial o Rio Negro, morte de botos, poeira no ar. Como não bastasse as tragédias, o centro urbano de Manaus, há pouco mais de um mês vive encoberto por uma cortinha de fumaça. No vídeo, moradores desabafam.
O Amazonas, conseguiu criar o combo perfeito para um cenário de fim do mundo. O problema é tão crescente, que por duas vezes consecutivas, Manaus, foi apontada pelos medidores internacionais de clima, como sendo a 1ª cidade do mundo com a maior incidência de poluição por fumaça.

O vexame mundial estaria na falta de atuação do Governo do Estado? Na outra parte do drama, o governador do estado, o jornalista Wilson Lima (U.B), tem desmentido as informações de que seu estado seja o principal responsável pela elaboração do combo da morte.
Para o Governo estadual, o Pará, o Mato Grosso, Rondônia e o Maranhão, são os principais responsáveis pela fumaça que surfa sobre a cabeça e entre os manauaras. Na página oficial do Governo, uma notícia relaciona a causa apontando, inclusive estas federações.
“Satélites de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram a grande contribuição de incêndios florestais no estado do Pará”, diz um trecho do informativo que pode ser acesso via Instagram.
Sem mencionar os números, a nota explica que o estado alcançava a 6ª posição no ranking de focos de incêndios entre os pares da Amazônia Legal, que o Pará contabilizou entre os dias 26/10 a 03/11, 5.305 focos. Na mesma linha, a informação pontuou apenas os 149 focos, na região metropolitana de Manaus. O dado não faz referência com outra capital, o que chega a soar como notícia tendenciosa.

O certo é que o problema no Amazonas tem ultrapassado as próprias divisas. A fumaça, produzida e/ou que está sobre os céus do vizinho tem chegado à Porto Velho, Rondônia, onde o Sol tem estado escondido por trás da malha espessa de fumaça.
Neste epicentro do mapa, as queimadas são constatadas, principalmente entre a divisas dos estados da AMACRO, um conglomerado imenso de terra formado basicamente pelos estados do Amazonas, Acre e Rondônia.
O local é apontado pelos órgãos ambientais fiscalizadores, como o novo arco do desmatamento, onde os crimes contra a floresta Amazônica vêm ocorrendo de maneira desenfreada. Neste ambiente, a reconstrução da Br-319 é vista como a principal vilã para a sobrevivência da floresta em pé.