Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), voltou a fazer novas denúncias acerca da morte de botos, nos rios do estado do Amazonas. O alerta desta vez foi acionado em Coari. Pesquisadores, encontraram pelo menos 28 exemplares, sem vida. Muitos em estado de decomposição e/ou apenas os restos de carcaças.

O Mamirauá, usando a sua própria página de comunicação, informou que boa parte dos animais mortos era da espécie boto-vermelho, também chamado de boto-rosa pelos amazônidas. O que estaria por trás das mortes?

A resposta, só poderá ser esclarecida com o resultado da análise laboratorial que está a cargo de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Após os registros, os cientistas passaram a conferir a temperatura d’água.

Além disso, amostras da própria água do lago de Coari, foi recolhida para pesquisa laboratorial. Contudo, o cenário tem se revelado muito parecido ao que aconteceu no dia 28 de setembro, em Tefé. Foi no município, os primeiros registros de animais mortos, um total de 70 botos.

Na época, o problema foi associado com a alta temperatura d’água que chegou a impressionantes 39,1ºC. Passado um mês da tragédia, a temperatura da água no local tem estado entre 36 e 37,7ºC, e segue sem comprovação de novas mortes de animais, segundo informou o Instituto Mamirauá.
No balanço geral, o Instituto confirmou a morte de 155 animais apenas em Tefé. Destes, 131 são de botos-vermelhos e 24 tucuxis (cinza). Em Rondônia, desde os primeiros registros da seca do Rio Madeira deste ano, não se tem relatos da morte de botos no curso d´água.