Foi aprovado nesta terça-feira (24), na Comissão de Infraestrutura (CE), o Projeto de Lei 2755/2023 que homenageia o ex-governador de Rondônia, Jerônimo Santana, com o nome da ponte sobre o Rio Madeira na Ponta do Abunã, região distrital de Porto Velho, a capital do estado.
O dispositivo que recebeu forte influência de políticos do Acre para a sua estrutura, segue sem nome na BR-364. A ponte foi inaugurada na gestão Jair Bolsonaro (PL), porém, a obra foi iniciada no governo Dilma Rousseff (PT).
Jerônimo Santana foi o primeiro governador de Rondônia eleito pelo voto popular, em 1986. Também foi prefeito de Porto Velho e três vezes deputado federal. O PL recebeu a relatoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI).
“Sua trajetória política foi marcada pela consolidação do saliente da Ponta do Abunã, por onde passa a BR-364, como território rondoniense. A região foi adquirida da Bolívia pelo governo brasileiro no início do século 20. Na década de 1980, quando o território de Rondônia foi elevado à categoria de estado, surgiram debates sobre a posse da região, que também era reivindicada pelo Acre. Foi por força de uma ação movida por Jerônimo Santana junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a localidade foi estabelecida como parte de Rondônia”, diz trecho do PL de autoria do senador Confúcio Moura (MDB).
Do lado do Acre, políticos e populares sugeriram o nome do ex-governador do Acre Wanderley Dantas ou do arcebispo emérito da Igreja Católica em Porto Velho, Dom Moacyr Grechi. Esse último nome foi amplamente difundido por conta dos trabalhos religiosos nos dois estados.
O PL segue para a Câmara dos Deputados para apreciação dos pares, se aprovado vai para sanção do presidente Lula (PT) que pode optar por acatar ou não a ideia.