Por Emerson Barbosa
Desde o ano passado, com a deflagração da Operação Ptolomeu pela Polícia Federal (PF), a vida do chefe do Estado acreano, o engenheiro Gladson Cameli (PP), de 45 anos tem sido ofertada quase que diariamente nas capas dos noticiários policiais.
foto: Diego Gurgel-Secom
Da primeira fase da Ptolomeu, em dezembro de 2022, Gladson já teve seu nome incluído em mais duas edições conseguintes, desta vez em fevereiro e a última no dia 09 de março. Foi justamente na última delas que veio à tona a ligação de praticamente todos do clã Cameli. Mas tem sido a inclusão de um deles, um ponto positivo para que a defesa pedisse o arquivamento da investigação. Detalhe, o filho do governador de apenas 06 anos foi incluído na ação que investiga o pai.
Mesmo diante das provas, que segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) apontam para Gladson como sendo o chefe de uma OCRIM, os advogados de defesa discutem a possibilidade de a justiça cancelar os inquéritos das acusações que já tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o cliente.
Sem perder tempo, o pedido, desde o dia 20 de março já estava em poder da ministra relatora Nancy Andrighi. A revista Veja acabou confirmando a informação, inclusive divulgada em outros noticiários do estado e do país. Em um dos inquéritos, o filho do governador é mencionado como suposto membro investigado. A criança teve informações acrescidas na apuração da PF após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ter feito o repasse dos dados.
É com base nas análises que as investigações ocorrem, justamente baseadas nos documentos entregues pela autarquia aos órgãos de polícia que indicam ou não uma evolução dos ganhos patrimoniais de cada cidadão.
Dados da primeira-dama acreana também foram incluídos nas apurações do Coaf. Quanto ao filho do titular da pasta, documentos encontrados indicaram que ele foi inserido como sócio de uma holding, ou seja, um grupo de empresas que pertenceriam, segundo a PF, a família Cameli.