Autora: Renata Camurça
O dia 28 de janeiro enaltece o Dia Nacional de Combate ao Trabalho escravo. A data foi instituída no Brasil, em 2009, em homenagem aos quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego que foram mortos na Chacina de Unaí, em 2004, devido ao trabalho na investigação de denúncias de trabalho escravo em fazendas da cidade de Unaí, interior de Minas Gerais.
A data tem como principal objetivo reafirmar a luta e fortalecer a fiscalização para acabar com o trabalho escravo no Brasil.
Em pleno século XXI, pessoas são forçadas a trabalhar, sem possibilidades de deixar o local, são coagidas através da violência física, psicológica, ou ainda por dívidas que dificilmente conseguirão quitar.
São obrigadas a trabalhar por muitas horas, além do que a lei permite, em condições degradantes, além de ser muitíssimo mal remunerado. A situação toda é um verdadeiro atentado contra a dignidade humana!
Conforme dados da Secretária de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho (MTE), em 2022, foram encontradas 2.575 pessoas em situação análoga à de escravo. 92% eram homens, sendo que 29% tinham entre 30 a 39 anos e 51% foram resgatados na região nordeste do país.
É fundamental que exista um fortalecimento na fiscalização para erradicar o trabalho escravo no Brasil e para isso, a sua denúncia é muito importante, caso tenha conhecimento sobre alguma situação de trabalho escravo, denuncie anonimamente pelo disque 100 – Ministério dos Direitos Humano e da Cidadania.
Saiba as principais características do trabalho escravo:
·Trabalho forçado;
·Condições degradantes;
·Jornada exaustiva;
·Servidão por dívida.