Malu Calixto
Da coleta de sementes entre árvores centenárias da Floresta Nacional do Jamari até a montagem do rocambole com as mudas desenvolvidas e prontas para o plantio, a responsabilidade por produzir mais de 1,2 milhão de mudas ao ano para atender projetos de reflorestamento do Centro de Estudos Rioterra é da equipe do Viveiro Rioterra, situado no município de Itapuã do Oeste, em Rondônia.
Entre os colaboradores, havia uma curiosidade: conhecer uma área reflorestada com as mudas produzidas por eles e compreender melhor os métodos e processos de recuperação da cobertura vegetal realizados em ações de reflorestamento do CES Rioterra.
Desejo atendido pela instituição que na última sexta-feira, 20, levou os 22 colaboradores do Viveiro para conhecer a área de 150 hectares reflorestada em dezembro de 2022, onde está sendo implantado o primeiro Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA).
A colaboradora Maria José de Assis, que ingressou na Rioterra em 2020 e aprendeu o ofício de viveirista na capacitação que a Rioterra promove anualmente para a comunidade de Itapuã do Oeste, conta que vai voltar para a rotina de trabalho ainda mais motivada.
“Estou amando esse dia. É muito gratificante ver o resultado do nosso trabalho. A gente começa manuseando a semente, colocamos no germinador, levamos a mudinha para o berçário, cuidamos dela até estar pronta para ir pro seu lugar definitivo. E ver o resultado do nosso trabalho faz com que a gente tenha mais ânimo para trabalhar e lutar por nossa floresta”.
Dia de Campo
A equipe passou a manhã no Centro de Bioeconomia e, depois do almoço, conheceram a sede da instituição, em Porto Velho. Eles participaram de um bate-papo com lideranças da Rioterra, visitaram os setores, e o dia terminou com um café da tarde especial para comemorar os aniversariantes do mês.
“A Rioterra trabalha com recuperação e conservação da floresta, priorizando ações que promovam o desenvolvimento dos povos da Amazônia de forma sustentável e tudo isso passa pelo cuidado com as pessoas. E é o que buscamos com ações como o dia de hoje, conectar os setores, fortalecer os laços e valorizar a contribuição de cada colaborador”, enfatizou Ricardo Gonçalves, coordenador de RH do CES Rioterra.
No final da atividade, Alexis Bastos, coordenador geral de projetos do CES Rioterra deixou uma mensagem para os colaboradores: “O trabalho de todos vocês que estão aqui é cuidar da nossa floresta e materializar os sonhos de agricultores e agricultoras familiares de melhorar a propriedade, recuperar áreas que estão degradadas, proteger seus rios e nascentes e gerar mais renda. E vocês fazem tudo isso produzindo mudas”.
O Centro de Bioeconomia
O Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA) é um projeto do Centro de Estudos Rioterra realizado em parceria com a Santo Antônio Energia e a Amazônia +21 para implementar vitrines tecnológicas de pesquisa e fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis de Bioeconomia e do Setor Florestal.
O projeto está sendo instalado na área de conservação ambiental de quase mil hectares localizada no entorno da Hidrelétrica Santo Antônio.
Mais de três milhões de mudas produzidas no Viveiro Rioterra nos últimos cinco anos foram plantadas em ações de reflorestamento de áreas degradadas de propriedades da agricultura familiar através do Plantar Rondônia, projeto realizado pelo Centro de Estudos Rioterra em cooperação com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Rondônia, parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia e apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social através do Fundo Amazônia.
FOTOS – A colaboradora Maria José de Assis é viveirista da Rioterra desde 2020.
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