Autor: Emerson Barbosa
A forte estiagem aliada a interferência do solo, principalmente tendo em vista a garimpagem ilegal de ouro, estão hoje associadas aos dois fatores de maior impacto na navegação do Rio Madeira, tanto na região de Rondônia como no Amazonas.
No verão, o transporte pelos comboios que sobem e descem o principal afluente do Rio Amazonas é comprometido drasticamente. Por conta disso, a Marinha do Brasil chega a impor horários em que restringe a navegação.
O risco é apontado com o aparecimento dos bancos de areia e de pedras que podem surgir no caminho causando acidentes com as embarcações. Desde 2018, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizava obras de dragagem.
O Departamento explica que com os trabalhos busca evitar a interrupção do transporte de cargas pelo rio durante o período de seca garantindo “a utilização do transporte hidroviário, modo de transporte que além de mais econômico, é menos poluente”, explica o órgão.
Este mês, a instituição anunciou o fim dos serviços e declarou que as obras já foram concluídas nos pontos mais críticos como em Curicacas, Cujubim, Papagaios, Miriti, Santa Cruz e Manicoré. Segundo o órgão, as áreas onde aconteceram as dragagens foram “definidas em planejamento antes do início dos serviços, com base nas batimetrias mais recentes e diálogo com usuários da hidrovia”.